quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Parlamentares pagos mantiveram um presidente corrupto, por Bob Fernandes




Bob Fernandes

Votação da denúncia contra Temer. Encenado mais um ato da Farsa. Os mesmos tipos, os mesmos votos constrangedores, a moeda de sempre.

O processo do impeachment de Dilma, aquele definido como "Tabajara" por Joaquim Barbosa, estabeleceu a nova regra: o vale tudo.

O que está em jogo é quem controla o Poder. Agora e a partir de 2018.

Faltaram votos em 2014? Providenciou-se uma nova fórmula para chegar ao Poder. Essa que ai está, e que nesta histórica quarta, 2 de agosto, levou a mais um ato.

Todos se lembram do escândalo chamado "mensalão". O do PT. O do PSDB, 19 anos depois segue virgem.

O "mensalão do PT" escandalizou o Brasil. Espetáculo que se arrastou por 7 anos. No Supremo, sob a batuta do mesmo Barbosa, durou 1 ano e meio e 69 sessões.

Capítulos decisivos transmitidos ao vivo, de 2 de agosto até a véspera da eleição municipal de 2012.

Qual o crime denunciado naquele "mensalão"? Parlamentares sendo pagos para votar com o governo. E o que se assiste nesse ato da Farsa agora?

Parlamentares pagos, com emendas e demais moedas, para manter um presidente acusado de atos de corrupção pessoal.

E o que foi o movimento, o início do caminho para a derrubada de Dilma, se visto por esse ângulo, digamos comercial, das compras e vendas?

Recordemos. Yunes, 1ª amigo de Temer, revelou: foi usado como "mula" pelo ministro Eliseu Padilha. Quem contatou Yunes, em 2014, foi o doleiro Funaro, agora preso.

O que disse o doleiro Funaro para o Yunes tornado "mula"? Que 140 deputados foram "financiados" para eleger Eduardo Cunha presidente da Câmara.

Cunha, e seus "milhões de Cunhas", comandariam o "impeachment Tabajara"... Deu nisso ai.

Temer fica. Não vai dar Rodrigo Maia, o "Botafogo", na presidência.

Ainda estão divididos, mas os que querem o Poder de qualquer forma ganharam mais uma.

Já não há manifestações com camisas da CBF, e as panelas estão nos armários...

... Juntas devem ter sido guardadas, escondidas a indignação com a corrupção e, especialmente, a memória.

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