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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

50 anos do encerramento do Concílio Vaticano II, análise do Padre Manoel Godoy

TV Horizonte/Programa Religare:

O Padre Manoel Godoy faz uma análise sobre o Concílio Vaticano II que completa 50 anos de seu encerramento, em 8 de dezembro. Fala, também, do livro-dicionário sobre o Concílio. Analisa, também,  a relaçao dos Papas João Paulo II e Bento XVI com o Concílio e afirma que o Papa Francisco é o Papa do Concílio Vaticano II.
Diz que na Igreja há muitos, ainda, ligados nas decisões do Concílio de Trento, do século XVI e que 50 anos, em termos de Igreja, é pouco tempo para a realizações de muitas mudanças.


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sábado, 4 de julho de 2015

A subjetividade e o outro - a partir do pensamento de Lévinas: a constituição do sujeito é a partir do outro


Emmanuel Lévinas

A constituição do sujeito não se dá pelo conhecimento, não é a tematização, não é a conceitualização do mundo e, também, do outro. Nós nos constituímos como seres humanos, como sujeitos a partir das outras pessoas, do rosto do outro. Ele é um grande crítico da tradição moderna, da teoria do conhecimento. A alteridade constitui a subjetividade humana. A origem do sujeito é ética, é uma origem de responsabilidade, responder ao chamado do rosto do outro. E qual é o chamado que estampa deste rosto? É o chamado mesmo do cuidado, do ¨cuida de mim¨, e o ¨não me mate¨, esse se mostrar frágil. É a partir do rosto do outro que a gente pode se constituir como sujeito ético.
Antes da liberdade estaria a responsabilidade. A ética da responsabilidade caminha para nos questionar e possibilitar que haja menos injustiça, menos violência. É um limite para nossa cultura.
Nesse sentido, Lévinas sinaliza para um outro modo de ser em que o eu assumi sua responsabilidade para com o outro.
Na linguagem levinasiana a ética deve ser entendida a partir do serviço profético no qual a justiça e a igualdade social são estabelecidas na relação em que o eu é sempre o primeiro a responder pelo outro e por toda a humanidade. Nessa ótica a ética passa a ser entendida como religião e o rosto do outro como aquele que manifesta o vestígio de Deus que vem à ideia sem que esta consiga tematizá-lo ou conhecê-lo.

Assista os vídeos do programa Religare que abordam o tema da subjetividade e o outro a partir do pensamento de Emmanuel Lévinas.

A filosofia de Emmanuel Lévinas (1906-1995) filósofo de origem judaica, nascido em Kaunas na Lituânia e naturalizado francês destaca-se pela primazia da ética em relação à ontologia que desde a origem da filosofia na Grécia Antiga, reinou absoluta sobre todas as outras formas de saber. Ao propor esta inversão sua proposta além de reconhecer o outro em sua alteridade, possibilita ao eu romper com a prisão de si mesmo. Nesse sentido, Lévinas sinaliza para um outro modo de ser em que o eu assumi sua responsabilidade para com o outro de forma desinteressada, numa abertura para o infinito na sua separação e exterioridade que desvela a transcendência da ética. Na linguagem levinasiana a ética deve ser entendida a partir do serviço profético no qual a justiça e a igualdade social são estabelecidas na relação em que o eu é sempre o primeiro a responder pelo outro e por toda a humanidade. Nessa ótica a ética passa a ser entendida como religião e o rosto do outro como aquele que manifesta o vestígio de Deus que vem à ideia sem que esta consiga tematizá-lo ou conhecê-lo. O sentido ético da religião, portanto, origina-se na socialidade cuja transcendência e glória do infinito estão no outro que liberta o eu de seu egoísmo e a filosofia de seu dito ontológico.






Religare recebe Luciane Martins



foto-tratadaO Religare recebeu Luciane Martins Ribeiro para falar sobre a subjetividade e o outro, a partir do pensamento de Emmanuel Levinas. A filósofa aborda questões sobre a ética da responsabilidade e como ela problematiza a constituição da subjetividade a partir da relação vivida com o outro.
A professora lançou, pela editora Ideias&Letras, um livro sobre o assunto. Na obra, ela expõe a constituição da subjetividade como chave hermenêutica investigativa da ética da alteridade. No pensamento do filósofo francês E. Levinas, observa-se as linhas fundamentais de compreensão sobre o tema da subjetividade.
Assista a entrevista clicando abaixo:









Emmanuel Lévinas (1906-1995) foi um filósofo francês nascido numa família judaica na Lituânia.

Bastante influenciado pela fenomenologia de Edmund Husserl, de quem foi tradutor, assim como pelas obras de Martin Heidegger e Franz Rosenzweig, o pensamento de Lévinas parte da ideia de que a Ética, e não a Ontologia, é a Filosofia primeira. É no face à face humano que se irrompe todo sentido. Diante do rosto do Outro, o sujeito se descobre responsável e lhe vem à ideia do Infinito.


terça-feira, 30 de junho de 2015

Entrevista sobre o livro ¨Cartas de Esperança em Tempos de Ditadura¨

Leia o comentário e assista o vídeo da entrevista do organizador do livro, Leandro Garcia Rodrigues, no programa Religare, da TV Horizonte. A entrevista inicia com a abordagem sobre a posição da Igreja Católica frente ao regime militar.

Resenha: "Cartas de Esperança em Tempos de Ditadura"

Por: Everton Marcos Grison

                      ... O livro publicado com o título: Cartas de Esperança em tempos de Ditadura: Frei Betto e Leonardo Boff escrevem a Alceu Amoroso Lima (217 páginas), com organização, introdução e notas do Dr. Leandro Garcia Rodrigues e publicado pela Editora Vozes, vem somar-se a um grande interesse nas pesquisas historiográficas e literárias brasileiras, que reconhecem as cartas como importante documento histórico, além de contribuir de forma inestimável, para o conhecimento da população em geral, acerca do período dos “anos de chumbo” do Brasil. Tal epistolário é composto de 22 cartas, “... denso em temáticas abordada, chega ao público leitor oferecendo uma nova forma de se encarar o texto epistolar – como testemunho, relato, desabafo e denúncia” (p. 10). No total de 22 cartas, 04 são de Alceu e 18 são de Frei Betto em um testemunho e testamento vivo da e para a humanidade.
            O livro é composto de um ensaio/introdução de belíssima erudição, com referenciais filosóficos, históricos e literários, demarcando claramente o lugar do leitor em meio à pesquisa epistolar. Nos anexos são encontradas imagens dos originais das cartas, textos publicados em jornais por Alceu Amoroso Lima, no período em que os dominicanos estiveram presos, e textos de Frei Betto sobre Alceu. Também estão presentes algumas cartas trocadas entre Alceu e Leonardo Boff, as homenagens feitas por Boff na ocasião dos 85 anos de vida de Alceu, além da homilia da missa de sétimo dia do jornalista. Finalizando o livro, um ensaio cheio de vida e emoção, de autoria de Leonardo Boff, ressaltando as características mais determinantes do cavaleiro do pensamento Alceu Amoroso Lima.

Alceu significou no pensamento brasileiro o feliz encontro entre o saber cientifico e sua imbricação com a filosofia em função do esclarecimento do problema humano na dimensão pessoal, social, histórica e religiosa... Sua denúncia nunca perdeu seu alto nível. Soube sempre situar-se num horizonte inatacável e aberto, para além do ideológico, moda do dia, sem qualquer concessão ao rancor ou à lamúria. Atacado e até caluniado, jamais se defendeu. A verdade brilha com luz própria, não emprestada; ela mesma se encarrega de desfazer as mentiras. (p: 204, 207).
            

Assista o vídeo do programa Religare, da TV Horizonte, sobre o livro -  clique abaixo: