Atlético perde outra voz: morre em BH o jornalista Luiz Carlos Alves
Hoje em Dia
Frederico Ribeiro
Jornalista era fonte certa sobre a história do Atlético nas décadas de 1970 e 1980
Nas imagens da conquista do título brasileiro de 1971 pelo Atlético, uma delas registra o técnico Telê Santana carregando o imenso troféu no Maracanã, quanto presta entrevista a um radialista carregando uma caixa com imensa antena.
O repórter a beira do campo na foto é Luiz Carlos Alves, que fez história na crônica esportiva mineira e, passados 45 anos daquela imagem, veio a falecer em Belo Horizonte nesta quinta-feira (24), aos 70 anos de idade.
Luiz Carlos, ex-setorista do Atlético pela Rádio Itatiaia, que passou por outros tradicionais veículos de comunicação em Minas Gerais, deixa a história do Galo mais silenciada dois dias depois de o clube e sua torcida perderem o ex-narrador Willy Gonser. Ele foi vítima de complicações de um câncer de pâncreas Setorista do Atlético antes de Roberto Abras, Luiz Carlos cobriu a conquista de 1971.
Luiz era uma fonte preciosa de histórias do futebol mineiro. Bagagem e experiência de sobras, numa carreira que lhe valeu amizades valiosas. Era amigo do lateral-esquerdo Cincunegui, um dos maiores da história do Atlético. De tempos em tempos, brindava seus amigos e seguidores no Facebook com alguma relíquia do seu baú. O jornalista se orgulhava de ter viajado para vários países atrás da notícia, presente em seis Copas do Mundo, a começar pelo tricampeonato brasileiro em 1970. Passou pela Rádio Inconfidência, a extinta Rádio Guarani e pela TV Itacolomi. Além de trabalhar na TV Manchete, BH News e retornar à Rádio Itatiaia como debatedor do programa Rádio Vivo.
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De foto com Johan Cruyff em 1976 no Camp Nou - durante uma excursão do Galo à Europa - à imagem da entrevista com Tostão em Houston-EUA, quando o craque mineiro operava o olho às vésperas da Copa de 1970.
Afastado do dia a dia do Atlético, Luiz Carlos Alves organizou encontro dos campeões de 1971 e, quando o único título do Brasileirão alvinegro completou 45 anos em dezembro do ano passado, foi convidado pelo Hoje em Dia a escrever sobre aquela façanha.
Nos últimos meses, sua voz que registrou glórias do futebol mineiro poderia ser ouvida, mesmo que discretamente, nos jogoso do Galo no Independência. Ele era o locutor do Consórcio Multimarcas, que divulgava seus serviços no telão do Horto.
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