Morre Fernando Brant, autor de clássicos do Clube da Esquina
‘QUANDO VOCÊ FOI EMBORA
FEZ-SE NOITE EM MEU VIVER’ (Travessia)
Fernando Rocha Brant morreu em Belo Horizonte de complicações decorrentes de transplante de fígado.
Submetido a uma operação na terça-feira, o compositor e escritor mineiro teve rejeição ao órgão e passou por
um segundo transplante, na madrugada de ontem.
Os versos escritos por Brant,como a estrofe acima, de
Travessia, encontraram na voz de Milton Nascimento um casamento perfeito que encantou gerações de fãs. Da
amizade com Milton, Ronaldo Bastos, Toninho Horta,Wagner Tiso, Beto Guedes e Márcio e Lô Borges surgiu no fim
dos anos 1960 movimento musical que marcou acultura brasileira: o Clube da Esquina.
Artistas e músicos
próximos a Brant lamentaram a morte do compositor, nascido em Caldas, no Sul de Minas. “Era um grande
amigo, um grande parceiro. É uma enorme perda para nós e para a música”, comentou, emocionado, Lô Borges. (Jornal Estado de Minas)
MPB PERDE FERNANDO BRANT, DO CLUBE DA ESQUINA
Entre os mais importantes da MPB, compositor de 68 anos, parceiro de Milton Nascimento em mais de 200 canções, não resistiu às complicações de um transplante de fígado; velório acontece neste sábado (13), no cemitério do Bonfim, com sepultamento no fim da tarde; Brant deixa três filhos, dois netos e a mulher Leise; inúmeras personalidades manifestaram pesar pela morte do jornalista, autor de “Travessia”, célebre composição que em 1967 ficou em segundo lugar no II Festival Nacional da Canção da TV Globo; relembre alguns de seus clássicos
247 - O jornalista e compositor Fernando Brant morreu na noite da sexta-feira (12), aos 68 anos, em Belo Horizonte. Parceiro de Milton Nascimento, compôs com mais de 200 canções, entre elas clássicos como "Travessia", "Maria, Maria", "Planeta Blue", "Promessas do Sol" e a letra da versão em português de "Canção da América". Brant morreu em decorrência de problemas no fígado após ter se submetido a um transplante do órgão na terça-feira passada. O novo fígado foi rejeitado pelo corpo e ele passou por uma outra cirurgia na sexta-feira (5), mas não resistiu.
O velório acontece neste sábado (13), no cemitério do Bonfim. O sepultamento está marcado para o fim da tarde. A intenção é que amigos, músicos e artistas que moram em outras cidades tenham tempo para se despedir. Brant deixa duas filhas, Isabel e Ana Luisa e um filho, Diógenes. Ele também deixa dois netos e a mulher Leise.
Fernando Brant foi diagnosticado com câncer no fígado há três anos, e foi submetido a uma cirurgia para retirada do tumor. Novos tumores, porém, foram descobertos este ano. Os médicos aconselharam o transplante. O novo órgão era de um doador de 15 anos.
Já na terça-feira, uma das artérias do fígado entupiu, necrosando o órgão e liberando toxinas no organismo. Os médicos então decidiram submete-lo a um novo transplante, após a localização de um outro doador. No entanto, o músico não resistiu ao novo procedimento e morreu na noite dessa sexta-feira.
Natural de Caldas, Fernando Brant nasceu em Caldas em outubro de 1946. Formou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mais tarde atuou como repórter da sucursal mineira da revista "O Cruzeiro". Mas foi como músico e compositor que ele fez sucesso.
Em 1967, Brant participou do II Festival Nacional da Canção, na TV Globo, com três canções escritas em parceria com Milton Nascimento: "Morro velho", "Maria minha fé" e o hit "Travessia", que terminou em 2º lugar no evento. Em 1968, participou do IV Festival de Música Popular Brasileira, na TV Record, com a canção "Sentinela", cantada por Cynara e Cybele.
Em 1972, as composições "San Vicente", "Ao que vai nascer" e "Paisagem na janela" foram incluídas no histórico LP "Clube da Esquina" , de Milton Nascimento e Lô Borges.
Em 1998, as canções "Janela para o mundo" e "Louva-a-deus" integraram o repertório de "Nascimento", disco premiado com o Grammy.
Abaixo, algumas composições de Fernando Brant imortalizadas na voz de Milton Nascimento:
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