Lula está na Itália liderando uma ação global contra a fome. No sábado, o ex-presidente discursou na abertutura do 39a Conferência da FAO, onde o brasileiro José Graziano foi reeleito diretor-geral da entidade, e destacou os programas sociais brasileiros, responsáveis, segundo ele, pela superação da fome no país.
Leia os artigos referentes aos temas:
Rede Brasil Atual:
Lula recebe homenagem da Prefeitura de Roma
A Prefeitura de Roma homenageou Lula hoje com a Lupa Capitolina, símbolo da capital italiana
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi homenageado hoje em Roma pelo prefeito da cidade, Ignazio Marino. Lula recebeu a Lupa Capitolina, símbolo da cidade, na sala Júlio Cesar
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi homenageado hoje em Roma pelo prefeito da cidade, Ignazio Marino. Lula recebeu a Lupa Capitolina, símbolo da cidade, na sala Júlio Cesar, no centro histórico da capital italiana. "A cidade de Roma está honrada em lhe conceder o símbolo máximo desta antiga e esplendida cidade, capital da paz e da misericórdia, a Lupa Capitolina", disse o prefeito Marino ao conceder a homenagem.
Na cerimônia, o ex-presidente apresentou seu discurso “Participar para mudar – a importância da participação social no combate à pobreza”. Lula iniciou agradecendo a solidariedade dos movimentos sociais e religiosos italianos com o povo brasileiro ao longo de décadas. “Eu sou muito grato por tudo que vocês fizeram pelos movimentos sociais brasileiros”.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi homenageado hoje em Roma pelo prefeito da cidade, Ignazio Marino. Lula recebeu a Lupa Capitolina, símbolo da cidade, na sala Júlio Cesar, no centro histórico da capital italiana. "A cidade de Roma está honrada em lhe conceder o símbolo máximo desta antiga e esplendida cidade, capital da paz e da misericórdia, a Lupa Capitolina", disse o prefeito Marino ao conceder a homenagem.
Na cerimônia, o ex-presidente apresentou seu discurso “Participar para mudar – a importância da participação social no combate à pobreza”. Lula iniciou agradecendo a solidariedade dos movimentos sociais e religiosos italianos com o povo brasileiro ao longo de décadas. “Eu sou muito grato por tudo que vocês fizeram pelos movimentos sociais brasileiros”.
O presidente fez uma retrospectiva sobre a importância do diálogo e da participação em sua vida política. Ressaltou que o sucesso no combate à pobreza nos últimos 12 anos se deve ao trabalho e participação de milhões de brasileiros, Lembrou que o projeto implantado em 2003 foi construído coletivamente, no diálogo direto e constante com diversos movimentos e classes sociais, inclusive o empresariado, intelectuais e entidades, e viajando pelo Brasil, nas Caravanas da Cidadania, que percorreram 70 mil quilômetros pelo interior do país.
E que a participação da população na definição das políticas públicas continuou no governo. “Criamos, na verdade, diversos canais de interlocução da sociedade com o Estado – conferências, conselhos, mesas de diálogo, audiências públicas, ouvidorias – que foram aos poucos constituindo um verdadeiro sistema nacional de democracia participativa. Em oito anos de governo, realizamos 74 Conferências Nacionais de Politicas Públicas”.
No discurso, Lula exaltou a juventude a participar das decisões que afetam sua vida e seu futuro, a participar da política. “É muito importante que as pessoas compreendam que fora da política é muito difícil que tenha uma solução para os problemas que enfrentamos. Toda a vez que tentamos negar a política, o que aconteceu depois foi pior”.
Ao invés de negar a política, Lula desafiou os jovens a não só criticarem, mas a também construírem para fazer um mundo melhor. “Quem sabe o político honesto e trabalhador que você espera não está dentro de você. Então participem da política. Participem reclamando e protestando, mas participe também construindo. Porque uma coisa é quando a gente está de fora criticando, outra coisa é ter que resolver as coisas.”
Brasil 247:
Frase foi dita por Kenneth M. Quinn, que atuou durante 32 anos no Departamento de Estado norte-americano e hoje preside a World Food Prize Foundation, instituição que premia cidadãos que mais contribuem para o combate à fome no mundo; “Repartir o pão é o primeiro passo para construir a paz" disse Lula na 39º Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma
Leia, abaixo, reportagem publicada pelo Instituto Lula:
Lula abre conferência da FAO e diz que fim da fome é essencial para a construção da paz
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu neste sábado a 39º Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma, que reelegeu como diretor-geral da entidade o brasileiro José Graziano. A fala de abertura é conhecida desde 1958 como Conferência McDougall e foi instituída em homenagem a Frank L. McDougall, um dos fundadores da organização. Também participaram da cerimônia o presidente da Itália, Sergio Mattarella, a presidente do Chile Michelle Bachelet, o presidente do Mali, Ibrahim Keita, além de representantes dos 194 países membros da entidade.
Em seu discurso, o ex-presidente citou outro brasileiro que colaborou com a FAO, o médico Josué de Castro, que estudou o problema da fome no mundo, e que cunhou a frase “fome e guerra são, na realidade, criações humanas”.
Lula lembrou que 12 anos atrás havia 11 milhões de famílias na extrema pobreza no Brasil. E falou dos avanços feitos no combate à fome e miséria desde 2003, quando foi assumida essa luta como prioridade de governo. “Estamos vendo crescer a primeira geração de brasileiros que não conheceram o drama da fome”. E que o exemplo brasileiro mostra que “é possível superar a fome”. Para isso é necessário incluir os pobres no orçamento público, e não tratá-los como estatística, mas como seres humanos.
O ex-presidente citou a reunião, promovida pela FAO, Instituto Lula e União Africana em Adis Abeba (Etiópia), em 2013, quando foi assumido o compromisso de erradicar a fome na África até 2015. Compromisso este que foi confirmado pela Conferência de Chefes de Estado e de Governo da União Africana da União Africana em 2014.
Lula criticou setores da imprensa e da sociedade brasileira que tiveram preconceito contra programas de transferência de renda. “Eu nunca pensei que dar comida aos pobres causasse tanta indignação.” O tempo mostrou, com os resultados na melhoria das condições sociais, que os críticos estavam errados.
O Programa Luz Para Todos, criado pela presidente Dilma Rousseff quando era ministra, foi explicado para os diplomatas presentes. Além do desenvolvimento econômico trazido, o programa enfim permitiu que uma mãe tivesse o direito de ver seu filho dormindo, que uma criança tivesse o direito de estudar com o mínimo de conforto em sua casa.
O ex-presidente também homenageou em sua fala três pessoas pelo papel que tiveram no combate à fome no Brasil: José Graziano, diretor-geral da FAO; Patrus Ananias, ex-ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome e atual ministro do Desenvolvimento Agrário, e a ministra do Desenvolvimento Social Tereza Campello.
“Repartir o pão é o primeiro passo para construir a paz" foi a mensagem final do discurso do presidente para a Conferência.
Isto é uma vergonha.
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