Abaixo assista a entrevista com o governador de Minas e com o ministro do planejamento
PELA PRIMEIRA VEZ O GOVERNO FEDERAL TOMA CONHECIMENTO DA GRAVIDADE DA SITUAÇÃO HÍDRICA DE MG, DIZ PIMENTEL
“Pela primeira vez o governo federal tomou conhecimento da gravidade da situação hídrica de Minas Gerais”, afirmou o governador Fernando Pimentel, após reunião com a presidenta Dilma Rousseff nesta quarta-feira (28), em Brasília. Pimentel disse que a situação é grave, principalmente na região metropolitana e no Norte do estado. Cerca de 50 municípios enfrentam racionamento e quatro em colapso eminente. Além disso, outras 100 cidades estão em estado de alerta.
O governador explicou que os reservatórios que compõem o sistema de abastecimento na região metropolitana de Belo Horizonte apresentavam 70% da capacidade em janeiro de 2014. Um ano depois, o nível caiu para 30%. “Essa situação já podia ter sido ser detectada em meados do ano passado”, disse.
Pimentel pediu apoio da presidenta para obras emergenciais, com previsão para novembro, para aumentar a captação de água da bacia do Paraopeba, para abastecer o sistema do Rio Manso, que é um dos principais reservatórios da região metropolitana.
O governador disse também que estão em curso campanha de conscientização para uso racional de água e cobrança de sobretaxa para quem consumir acima da média. Pimentel não descartou a possibilidade de rodízio ou racionamento. A meta é reduzir 30% do consumo na região metropolitana nesses próximos meses.
“Essas medidas de economia que já podiam ter sido adotadas há seis, oito, meses atrás, não foram. Vão ter que ser adotadas agora com atraso e, por tanto, com mais intensidade”, destacou o governador. “Essa reunião foi o primeiro passo para enfrentarmos e vencermos essa crise, que sem dúvida é a crise hídrica mais grave da história do estado”, concluiu.
Segundo o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, o governo federal vai dar total apoio aos governos estaduais para combater a crise hídrica. “O governo federal apoia a execução desses projetos, seja com financiamento, mas principalmente na agilização da execução desse projeto, que vai requerer, dentre outras coisas, uma reanálise do licenciamento ambiental, das autorizações fundiárias”, afirma.
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