quinta-feira, 9 de julho de 2015

Introdução ao Pensamento de Lévinas: pensar a si mesmo e à sociedade a partir e com o Outro



Clicar, abaixo, para assistir ao vídeo:




  1. Introdução ao Pensamento de Emmanuel Lévinas - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=M-eYPSSlebA

    12 de nov de 2013 - Vídeo enviado por Hugo Allan Matos
    Aula dada ao curso de Filosofia (EAD) da Universidade Metodista de São Paulo, no dia 29/10/2013.
  2. Por Hugo Matos:
  3. - Como está a sociedade hoje? 
  4. - Se continuarmos assim, como ficará a sociedade?
  5. É preciso mudar ...
  6. A partir deste pressuposto; sobretudo a partir de sua vivência nos campos de concentração, Lévinas passa a contestar a filosofia pré-socrática até a filosofia de sua época.
  7. Com sua obra ¨Totalidade e o Infinito¨ começa o seu questionamento. O pressuposto Heraclitiano de que tudo está em constante mudança, que na verdade Lévinas afirma que o que Heráclito dizia é que tudo está em constante guerra. Assim,presume-se que a violência é legítima, já que tudo está em constante guerra.
  8. O nosso modelo de sociedade atual seria legítimo. Por que ele está em constante mudança, em constante guerra. A guerra em sua forma mais coletiva e a violência em sua forma individual. Onde nós precisamos necessariamente competir para disputar espaços sociais. A competitividade e a concorrência são dois conceitos do modo de produção capitalista. Se a guerra  e a violência são legítimas, então esse modelo está legitimado. E, isto, tende a se acentuar cada vez mais. Se isso é verdade, então está justificado uma pessoa olhar no rosto da outra pessoa e eliminá-la com um tiro. Isto é legítimo, pois quando a pessoa se torna obstáculo para minha vivência, para a realização dos meus objetivos, eu devo superá-la. Nós temos aprendido na nossa sociedade atual que não importa como. Parte da modernidade e se tornou contemporânea, a ideia que os fins justificam os meios, assim eu posso eliminar da forma que for os obstáculos.
  9. Lévinas vai dizer que não é assim. Ele contesta este pressuposto de que a guerra é a origem de tudo. E vai construir sua filosofia.
  10. Desde Platão, a filosofia tem preocupado em afirmar que a Ontologia é a filosofia primeira.Defini-se Ontologia como a busca pelo fundamento do ser. No popular, a busca do que são as coisas.
  11. Lévinas vai dizer: a Ontologia não é a filosofia primeira, como muitos filósofos afirmam. Para Lévinas a Ética é a filosofia primeira. É incompreensível, irracional e não humano a legitimidade de se tirar a vida de alguém. É a Ética da Vida.Defesa da vida.

  12. Por Carla Silene Cardoso Lisbôa Bernardo Gomes: 
  13. ¨A banalização do mal, a indiferença e o desrespeito à vida levaram Emmanuel Lévinas a repensar a ética - tema que surge progressivamente em sua obra. Após elaborar uma crítica radical à ontologia - que ele denomina de filosofia da injustiça por reduzir o outro ao Mesmo - Emmanuel Lévinas proclama que a ética é a filosofia primeira e se traduz na responsabilidade infinita do Eu pelo outro.
  14. Disso decorre que a justiça para Lévinas se expressa numa responsabilidade incondicional e irrecusável do Eu não só pelo outro, mas também por todos os outros, capaz de romper com o egoísmo e o ensimesmamento contemporâneo e proporcionar condições de que a humanidade atinja sua verdadeira essência de solidariedade e fraternidade. 
  15. O pensamento de Emmanuel Lévinas situa a ética como “filosofia primeira” e a tem como decorrente da relação Eu-Outro, configurando uma nova perspectiva de reflexão, a de pensar a si mesmo e à sociedade a partir e com o Outro. O Outro é a base de toda a construção levinasiana, o cerne da relação humana.
  16. A Ética da Alteridade.
  17. Emmanuel Lévinas fala-nos do “Rosto que me interpela”, do “Outro”, que nos permite resgatar a nossa subjetividade ao nos apontar para uma responsabilidade incondicional por ele. Um “Rosto que clama”, vários Rostos que se nos apresentam diariamente exigindo-nos justiça. São milhares de pessoas que morrem ou que sobrevivem como mortos-vivos ante uma sociedade totalitária e fechada em si mesma.
  18. Passando pela vida nessa sociedade marcada pelo isolamento, pela competição, pela dominação, fingimos não ver, e por vezes não enxergamos mesmo, aquelas pessoas que são estranhas ao Eu próprio; sem darmos conta de que, assim agindo, estamos negando a nossa própria condição humana. 
  19. Emmanuel Lévinas nos demonstra que ao vivermos nesse fechamento, nessa interiorização excludente em busca de simplesmente existir, frustramo-nos constantemente, pois bloqueamos nossa sensibilidade, enclausuramo-nos no Eu próprio e, consequentemente, perdemos nossa subjetividade, nossa razão de viver. 
  20. Esse, porém, tem sido o móvel da sociedade contemporânea, a forma de se pensar e de se ver as coisas: a competição, o isolamento, o fechamento, a negação ao Outro, a indiferença...
  21. O pensamento de Emmanuel Lévinas se opõe exatamente a esse modelo.


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