sexta-feira, 27 de maio de 2016

Entreguismo: Golpistas querem entregar Pré-sal

ENTREGUISMO:



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Pré-sal: golpistas querem entrega rápida

No Valor, o presidente do Instituto Brasileiro (por força de expressão) do Petróleo, Jorge Camargo (ex-presidente da norueguesa Statoil) saiu comemorando do encontro com o designado por Michel Temer para o Ministério de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, na quarta-feira.
Levava no bolso a promessa de que já no ano que vem vão ser leiloadas áreas do pré-sal sem a presença da Petrobras como operadora e, provavelmente, sequer como sócia das jazidas. Pelo projeto de José Serra, além de não ser operadora, a Petrobras pode ou não exercer a opção de ter o mínimo de 30%.
Não vai querer, claro, porque agora temos a única companhia de petróleo no mundo que não quer petróleo.
Além do mais, não há nenhuma segurança de que os preços do petróleo vão alcançar um nível que justifique pagamento de bônus de exploração compensador.
Sequer o país precisa ampliar rápido a produção e, se o tivesse de fazer, deveria ser com os campos já delimitados e testados, como os da área de cessão onerosa de Búzios, com um potencial de 10 bilhões de barris, cujo cronograma de exploração -atrasado – previa o primeiro óleo comercial em 2018.
O negócio, porém, vai além de “arranjar uns trocados”. É entregar rápido as jazidas do pré-sal, fazendo disso “negócio jurídico perfeito”, que não possa ser revertido se e quando um governo nacionalista volte ao poder.



FUP: 'Golpe tem relação direta com a tomada do pré-sal'

Para diretor da entidade, afastamento da presidenta Dilma foi fruto de articulação entre Estados Unidos, mídia tradicional, PSDB e Michel Temer (PMDB) para entregar o pré-sal
por Redação Rede Brasil Atual 
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Lei que da prioridade à Petrobras na exploração do pré-sal está sob ameaça
São Paulo – “O golpe tem relação direta com a tomada do pré-sal. Isso já aconteceu outras vezes. Getúlio Vargas relatou que o cerco da mídia contra ele, especialmente de Carlos Lacerda, dos Diários Associados, tinha ligações com a criação da Petrobras”, afirmou João Antônio de Moraes, secretário de Relações Internacionais da Federação Única dos Petroleiros (FUP), em entrevista a Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.
“Não por acaso, o Wikileaks flagrou a CIA espionando a presidenta Dilma e a Petrobras. Isso não é mera coincidência. Os Estados Unidos fazem guerras em todo o mundo para controlar o petróleo. No Brasil não precisa disso, basta ter uma aliança com a grande imprensa, com a Globo, com o PSDB e com o gerente Temer que tomou o poder”, disse Moraes, que não se refere a Michel Temer (PMDB) como presidente interino por não ver legitimidade no processo que afastou Dilma.
Tramita no Congresso um projeto de lei que altera legislação que prevê exclusividade da Petrobras como operadora do pré-sal, bem como exclui a obrigatoriedade da estatal participar em no mínimo 30% da exploração dos campos de petróleo. “Lamentável ouvir essas medidas. É bom que se diga, que o pré-sal corresponde a cerca de R$ 20 trilhões”, afirmou.
Para ilustrar, Moraes comparou a quantidade de dinheiro envolvida na operação com cortes sinalizados e promovidos em apenas duas semanas de governo interino. “Temer anunciou a extinção do Samu alegando falta de verbas. Com o pré-sal, seria possível comprar 200 milhões de ambulâncias. Ele também anunciou que vai restringir o Minha Casa, Minha Vida. Com o pré-sal, é possível construir 340 milhões de casas populares.”
A entrega da operação do petróleo para empresas estrangeiras vem se mostrando ineficiente. “Não existe país que tenha conseguido utilizar o petróleo para o bem de sua gente, quando quem operou foram empresas de fora”, disse.
A Argentina é um exemplo da natureza da exploração petrolífera tomada por empresas estrangeiras. “Eles tinham uma estatal. O presidente Carlos Menem (1989-1999) privatizou a estatal para uma empresa espanhola que passou a administrar esse petróleo de maneira predatória e extirpou as reservas. Hoje, nossos vizinhos importam todo seu petróleo”, disse o dirigente da FUP.

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