De acordo com os superiores da ordem, frei presidirá a missa das 19h, realizada às sextas-feiras, e a de domingo, realizada às 11h
Frei Cláudio Van Balen vai retornar, já neste domingo, como celebrante da tradicional missa das 11 horas na Igreja do Carmo.
Após manifestação de fiéis contra suspensão da missa dominical das 11h, ordem dos carmelitas autoriza frei Cláudio a retomar celebração |
Frei Cláudio van Balen vai retornar, já neste domingo, como celebrante da tradicional missa das 11h na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, no Bairro do Carmo, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A decisão foi tomada, nessa segunda-feira, pela Província Carmelita de Santo Elias, responsável pela paróquia, depois de reunião com o religioso, de 80 anos.
De acordo com os superiores da ordem, frei Cláudio presidirá a missa das 19h, realizada às sextas-feiras. “A suspensão foi consequência de uma reação lamentável ocorrida durante a missa das 11h, de 26 de janeiro. Tivemos o encontro com o frei Cláudio e ficou acertado o retorno da celebração eucarística e a volta dele como sacerdote. Sempre mantivemos o diálogo. O cancelamento foi temporário”, disse, ontem, o pároco frei Evaldo Xavier Gomes, recém-eleito prior provincial (superior) da Ordem dos Carmelitas no Brasil para as regiões Sul e Sudeste. Ele adiantou que comunicou a decisão às autoridades diocesanas.
Diante da “nota de esclarecimento” divulgada anteontem pela Arquidiocese de Belo Horizonte, “na qual se reconhece ser da responsabilidade dos freis a definição de horários de missas e seus celebrantes”, a Província Carmelita informou estar “em sintonia com esse conteúdo e concorda com a permanência do frei no altar”. A decisão de cancelar os cultos dominicais foi decidida pelos superiores da província e da Arquidiocese de BH, no dia 27.
Diante da “nota de esclarecimento” divulgada anteontem pela Arquidiocese de Belo Horizonte, “na qual se reconhece ser da responsabilidade dos freis a definição de horários de missas e seus celebrantes”, a Província Carmelita informou estar “em sintonia com esse conteúdo e concorda com a permanência do frei no altar”. A decisão de cancelar os cultos dominicais foi decidida pelos superiores da província e da Arquidiocese de BH, no dia 27.
“Prevaleceu o bom senso”, afirmou ontem, diante da Igreja do Carmo, o engenheiro ambiental Cláudio Guerra, paroquiano e amigo há mais de três décadas do frei holandês. Organizador, em parceria com Mauro Passos, do livro Artesão de fé, Guerra ficou feliz com a decisão de manterem o religioso no altar. “A bandeira dele é a mesma do papa Francisco; falam a mesma língua”, comentou o engenheiro, lembrando que, em 46 anos, o frei vem se dedicando ao trabalho na paróquia e, principalmente, às pessoas. “Fizemos um levantamento sobre os serviços gratuitos oferecidos na Paróquia de Nossa Senhora do Carmo e verificamos que ela atende cerca de 35 mil pessoas por ano. Há profissionais voluntários para as áreas médico-odontológica, farmácia, fisioterapia e psicologia para toda a comunidade, incluindo os moradores das favelas”, afirmou o engenheiro.
Admirador das ações do religioso, a quem conhece desde 1981, Guerra lembrou que frei Cláudio nunca foi personalista e não teve nada a ver com o que ocorreu na missa do dia 26. “Não estou falando que ele é santo, pois todos nós temos defeitos”, ponderou. Pessoas ligadas a frei Cláudio informaram que ele ainda não vai se manifestar sobre a volta às missas. O Estado de Minas entrou em contato, por telefone, com o religioso, e ele disse que somente o prior provincial se manifestaria a respeito da decisão.
Admirador das ações do religioso, a quem conhece desde 1981, Guerra lembrou que frei Cláudio nunca foi personalista e não teve nada a ver com o que ocorreu na missa do dia 26. “Não estou falando que ele é santo, pois todos nós temos defeitos”, ponderou. Pessoas ligadas a frei Cláudio informaram que ele ainda não vai se manifestar sobre a volta às missas. O Estado de Minas entrou em contato, por telefone, com o religioso, e ele disse que somente o prior provincial se manifestaria a respeito da decisão.
"A bandeira dele é a mesma do papa Francisco; falam a mesma língua" - Cláudio Guerra, engenheiro ambiental e organizador de livro sobre frei Cláudio |
Fonte:
em.com.br
foto: Carlos Eduardo Cherem (uol)
A mobilização da comunidade foi fundamental para o retorno do Frei Cláudio
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