Reprodução: Infobae.com
Do El País:
Papa aprova a beatificação do maior nome da Teologia da Libertação
O arcebispo salvadorenho Óscar Arnulfo Romero, assassinado enquanto celebrava missa em 1980, será reconhecido como beato pela Igreja, 21 anos após o início desse processo, que antecede à canonização. O papa Francisco aprovou nesta terça-feira o decreto que reconhece o “martírio” do religioso “in odium fidei”, ou seja, por “ódio à fé”, e por isso ele poderá ser beatificado sem a necessidade de que um milagre seja comprovado.
(...) Romero, principal representante da chamada Teologia da Liberação e incansável na denúncia da repressão militar, foi assassinado em março de 1980 por um tiro enquanto celebrava missa para pacientes de câncer na capela do Hospital da Divina Providência. Um franco-atirador executou uma conspiração encabeçada pelo major de inteligência Roberto D’Aubuisson, que em 1983 fundou o mais importante partido direitista do país, a Aliança Republicana Nacionalista (ARENA), no poder por 20 anos. Ninguém foi condenado pelo crime.
Considera-se que a morte de Romero, aos 63 anos, foi a gota d’água que deu início à guerra civil salvadorenha (1980-1992) entre a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) e o Exército, com o apoio de Washington.
O pontífice argentino já havia declarado em agosto, ao retornar de uma viagem à Coreia do Sul, que o arcebispo de San Salvador era um “homem de Deus” e que nada deveria impedir sua beatificação.
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