Ao ler os jornais e assistir aos telejornais – principalmente o Jornal Nacional
– temos a impressão de que o Brasil está afundando. Parece que nunca estivemos
tão mal quanto agora. Tudo é retratado como um caos: a economia, a política,
escândalos, a Copa etc.
Faz sentido? Não faz o menor
sentido. Vivemos hoje uma situação muito melhor que a de, por exemplo, onze anos
atrás, antes de o PT assumir o governo. E em todos os sentidos.
A pobreza
caiu, a desigualdade diminui, o desemprego se reduziu significativamente, a
renda aumento, o salário mínimo ganhou valor, há uma política social efetiva,
ações de transparência foram desenvolvidas, o Brasil se projetou
internacionalmente e por aí vai.
E por que o retrato que nossa
mídia/oposição faz é uma pintura do fim do mundo? Por causa da disputa política. É uma tentativa – e agora
talvez seja a mais intensa dos últimos anos – de desconstruir o governo, de
colocar novamente seus aliados no poder. E retroceder nas conquistas desta pouco
mais de uma década de governo do PT.
Os sinais deste discurso adotado
pela mídia/oposição são evidentes. Em seu artigo hoje na Folha de S.Paulo, Janio
de Freitas trata do assunto. Ele comenta uma coluna do colega Vinicius Torres
Freire, no mesmo jornal. No último dia 24, Freire registrava: “O Datafolha
registra um nível de insegurança econômica inédito desde os piores dias de FHC,
embora a situação econômica e social seja muito melhor agora”.
Janio de
Freitas afirma que “algo provoca tal contradição”. E o que seria? “Não pode ser
a percepção espontânea e geral, porque a situação ‘muito melhor’ não lhe daria
espaço. O que poderia ser, senão os meios de comunicação desejosos de
determinado efeito? Se, apesar da situação melhor, o sentimento é pior, claro
que se trata de sentimento induzido. Um contrabando ideológico”,
afirma.
Na mosca. É um contrabando ideológico, uma expressão perfeita
para resumir o cenário atual dos meios de comunicação.
Janio continua:
“Terminaram depressa as rememorações do golpe de 64. O corporativismo apagou a
memória da função exercida pela imprensa no preparo do golpe e no apoio à
apropriação do poder, de todos os poderes, pelos militares. Não há, nem de
longe, semelhança entre aquela imprensa e a atual. Mas o seu estrato mais
profundo, econômico, social e político, mudou menos do que a democracia pede. E
conduz às recaídas cíclicas dos meios de comunicação em práticas próprias de
partidos e movimentos políticos. Estamos entrando em mais uma dessas
fases”.
Clique
aqui para ler na íntegra essa coluna obrigatória de Janio de Freitas
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