Pressão internacional
Hollande, Zapatero e outros líderes europeus defendem Lula candidato
Carta Capital
Seis ex-chefes de Estado pediram para ex-presidente participar das eleições e o chamaram de "incansável arquiteto da redução das desigualdades"
AFP
Hollande é um dos signatários da nota em defesa do ex-presidente
Seis ex-chefes de Estado e de governo europeus, entre eles o francês François Hollande e o espanhol José Luis Rodriguez Zapatero, assinaram um comunicado que exige a participação de Lula nas eleições presidencias de 2018, para "se submeter livremente ao sufrágio do povo brasileiro".
A nota é assinada também por Massimo D'Alema, Enrico Letta e Romano Prodi, três ex-presidentes do Conselho de ministros da República italiana (cargo equivalente ao de primeiro-ministro), além de Elio di Rupo, ex-primeiro ministro da Bélgica.
Segundo os signatários, a prisão "apressada" de Lula "só pode despertar nossa emoção". Os seis líderes afirmam que o ex-presidente foi um "incansável arquiteto da redução das desigualdades no Brasil".
De acordo com eles, o impeachment de Dilma, "eleita democraticamente por seu povo e cuja integridade nunca foi questionada", já era "uma preocupação séria". "A luta legítima e necessária contra a corrupção não pode justificar uma operação que questiona os princípios da democracia e o direito dos povos de eleger os seus governantes", dizem. Por fim, eles solicitam que Lula seja candidato.
Lula está preso há 38 dias em Curitiba, na Superintendência da Polícia Federal. Em tese, a Lei da Ficha Limpa o torna inelegível, pois ele foi condenado em segunda instância pelo processo do tríplex. O ex-presidente deve inscrever sua candidatura e terá de ir à Justiça Eleitoral para evitar a impugnação de seu nome.
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