O poderoso impacto político causado pela prisão de executivos, advogados e presidentes de grandes empreiteiras, e a suspeita do envolvimento de vários caciques partidários, representa uma vitória estrondosa da posição dos ministros do Supremo Tribunal Federal que votaram contra a doação de empresas para campanhas eleitorais.
A votação foi interrompida monocraticamente por Gilmar Mendes, que pediu vistas e até hoje não devolveu o projeto ao plenário.
A imprensa tem blindado Gilmar Mendes.
Não mais poderá fazê-lo.
A pressão para ele dar logo seu voto e reiniciar a votação cresce agora de maneira insuportável.
A corrupção política detectada na Operação Lava-Jato, assim com em todas as operações da Polícia Federal, em todas as CPIs, em todas as reportagens, demonstra claramente que o cerne do problema tem origem na doação de empresas para campanhas eleitorais.
A doação cria um elo financeiro entre empresas e partidos que não termina nas eleições. Os contatos estabelecidos perduram e se estendem aos processos de licitação.
A posição de Dilma Rousseff, de fazer uma reforma política cuja principal bandeira é o financiamento público e exclusivo de campanhas eleitorais, sai fortalecida.
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