terça-feira, 20 de setembro de 2016

Campanha internacional em defesa de Lula


CAMPANHA GLOBAL DENUNCIA PERSEGUIÇÃO A LULA


Foi lançada nesta terça-feira, em Nova York, na Assembleia das Nações Unidas, uma campanha global em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; um de seus advogados, Geoffrey Robertson, afirmou: “O mundo está observando o Brasil. A comunidade jurídica internacional está chocada com as violações cometidas pelos promotores da Lava Jato contra Lula e sua família. Trata-se de uma perseguição a Lula e não de um processo. É por isso que levamos este caso à Comissão de Direitos Humanos da ONU em Genebra"; no mesmo dia, o juiz Sergio Moro aceitou a denúncia contra Lula, mesmo reconhecendo que algumas provas são questionáveis


Apoiado pelo sindicalismo internacional, Lula diz que denúncia é farsa


Ricardo Stuckert
  
Lula criticou o que chamou de “processo de amedrontar as pessoas”. Segundo ele, o Brasil adotou a tática de “se eu não tenho provas, eu mando a imprensa condenar”. Na opinião do ex-presidente, a prática de criminalizar as pessoas pelas manchetes de jornais deve ser repudiada em qualquer lugar do mundo.

“Eu sou um homem de consciência muito tranquila. Se alguém apresentar uma prova contra mim eu quero ser julgado como qualquer cidadão brasileiro que está subordinado à constituição. Não quero privilégio. O que eu não quero é mentira, é falsidade, é inverdade a meu respeito. Eu tenho uma história construída. Só de luta são 41 anos ajudando a conquistar a democracia no meu país, ajudando que os mais pobres e os negros sofram menos”, afirmou.

As eleições presidenciais de 2018 foram abordadas pelo ex-presidente. “O que está acontecendo no Brasil apenas me motiva a andar muito mais. Mas se o problema é para o Lula não voltar em 2018 era só me perguntar se eu vou ser candidato? Agora a verdade é que, embora eu não tenha diploma universitário, eu sei fazer mais do que eles. E o que eu sei é sentir o coração do povo pobre e trabalhador deste país”, enfatizou Lula.

Atual presidente da CSI, o ex-metalúrgico João felicio, que estava no ato nos Estados Unidos, confirmou que a forte identidade entre Lula e o povo é o alvo da perseguição ao ex-presidente. O dirigente citou as políticas de inclusão social que começaram no governo de Lula como referenciais na América Latina e no mundo.

“Poucos foram os presidentes que conseguiram ter essa ligação com o povo e é por isso que todas as pesquisas feitas no Brasil, você , tem aquela fatia que te admira, que quer que você continue em atividade política no Brasil, seja como candidato ou como ativista político”, explicou João.

A secretária-geral da ITUC/CSI, Sharan Burrow, declarou ao ex-presidente que “190 milhões de trabalhadores estão com Lula”. A sindicalista informou que naquele momento a hashtag “Stand with Lula” estava nos trnding topics do twitter como um dos assuntos mais comentados da internet.

Sharan convidou todos os trabalhadores filiados a UTC/CSI no mundo a compartilharem a hashtag “Stand wuth Lula” (Estamos com Lula). “Precisamos agir se o governo brasileiro não reconhecer essa campanha. Precisamos restabelecer o estado de direito no Brasil”, defendeu. 


A campanha foi divulgada em Nova Iorque durante a abertura da Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (20). Do lançamento participaram dirigentes sindicais dos Estados Unidos, além de advogados, juristas e defensores dos direitos humanos com atuação internacional. O advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins esteve no evento e falou sobre a perseguição judicial e midiática a Lula no Brasil.

Fonte:
Brasil 247
Portal Vermelho


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