sexta-feira, 2 de abril de 2021

As mortes estão gritando para nós reagirmos

Luiz Ricardo Péret 



325.559 vidas perdidas.

 Não estou aguentando ver tantas mortes. É desesperador. É com nó na garganta e com o peito apertado que vejo chegar notícias de milhares de mortes, por Covid, todos os dias.

Colapso hospitalar, milhares de pessoas na fila de internação, faltam remédios para intubação e oxigênio.

O cenário é catastrófico e há projeção de chegarmos a 500 mil mortes em julho. Até quando vamos tolerar um presidente que é o maior responsável por essa tragédia. 

Cada pessoa que morre não é um número; é um ente querido que é insubstituível para sua família e amigos. 

E saber que muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas se tivéssimos qualquer outra pessoa ocupando a presidência do Brasil, porque nenhuma outra seria comparável a esse monstro e genocida. 

Também é desolador ver que ainda temos entre nós, muitos que ainda o apoiam. São contra as medidas de combate à pandemia. Incentivam aglomerações e difundem medicamentos sem comprovação científica. Nenhum governo do mundo combateu a Covid sem lockdown. Ninguém gosta de lockdown, mas é preciso usá-lo neste momento de descontrole. O governo federal demorou a fazer os contratos para a compra de vacinas. O presidente foi resistente e vai contra as recomendações da Ciência. 

O Brasil precisa de mais vacinas, mais vacinas!

Há previsões que podemos chegar a mais de 5 mil mortes diárias. Não há nem a possibilidade das pessoas se despedirem dos entes queridos, dar o último adeus. Já começam a chegar notícias que as Upas estão empilhando corpos e o colapso funerário está próximo. 

Somos vítimas de um governo dominado pela pulsão da morte, que é incapaz de palavras de solidariedade aos familiares dos falecidos. 

A tristeza e lágrimas cobre o Brasil. Não podemos banalizar as mortes. Não podemos assistir tudo isso sem indignação.

Essas mortes estão gritando para todos nós.

São gritos para comprometermos com a Vida. Para comprometermos com a solidariedade, com a empatia, com o cuidado com nós mesmos e com o outro, com o respeito e cuidado com a natureza. 

São gritos pela Vida

Temos que derrotar o governo da morte.





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