sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Frei Rodrigo e Dom Vicente encontram com o Papa por Brumadinho


Na Casa Santa Marta, por justiça e vida em Brumadinho

Vaticans News


Na Casa Santa Marta, a oração pelas vítimas de Brumadinho

O bispo auxiliar de Belo Horizonte, Dom Vicente de Paula Ferreira, Fr. Rodrigo Peret e Padre Dario Bossi concelebraram com o Papa na capela da Casa Santa Marta. Dom Vicente é o bispo responsável por Brumadinho e levará a tragédia até a 43a Sessão de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.



Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

Luta por justiça

Dom Vicente é responsável por Brumadinho e está na Europa seguindo uma agenda de encontros sobre a questão ambiental. Até 11 de março, há etapas previstas em Viena, Bruxelas, Essen, Berlim e Genebra, para a 43a Sessão de Direitos Humanos. Dom Vicente e o Fr. Peret integram a Comissão Episcopal de Ecologia Integral e Mineração da CNNB.
De fato, a Igreja vem lutando ao lado das vítimas das tragédias de Brumadinho e de outros crimes, como o de Mariana, em busca não só de justiça, mas de uma verdadeira conversão do sistema para que esses episódios não ocorram mais.
Passado um ano do rompimento da barragem em Brumadinho, depois de inúmeras lágrimas, missas e de tantas caminhadas, Dom Vicente compara este momento com o de Maria ao pé da Cruz, afirmando que “o amor existe, é Deus, mas o amor que resiste até o fim é feminino, é de mulher, é de Maria”. “A resistência de um amor que não desiste é mariano.”
“A grande resistência hoje que vem de Brumadinho é das mulheres, das mães que continuam procurando seus filhos, são onze ainda que estão desaparecidos, das mães que estão chorando, mas estão celebrando, confiantes. Até mesmo a nossa equipe de trabalho são todas mulheres, jovens.”

Brumadinho nunca mais

Ao comentar a Exortação apostólica pós-sinodal “Querida Amazonia”, Dom Vicente se inspirou nos quatros sonhos de Francisco expressos no documento (cultural, social, ecológico e eclesial) para revelar seu sonho em relação a Brumadinho:
"O meu sonho é que Brumadinho pudesse ser para humanidade um caso especial, que a gente tem que se debruçar sobre isso para aprender alguma coisa, porque o meu medo é que Brumadinho seja mais um caso e passe. Eu sei que pode ser uma coisa meio utópica, mas eu peço a Deus que seja assim, que a gente aprende e diga: nunca mais queremos isso para a humanidade. Nós honraríamos pelo menos o sangue dessas 272 pessoas que, inocentemente, morreram em frações de segundo por esse mar de lamas. Inclusive é por isso que nós estamos aqui."

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

União para interromper a trajetória autoritária e a incompetência de aventureiros 


"...estamos praticamente paralisados diante do tamanho da barbárie cinicamente fascistóide dos que estão no poder em Brasília. Impõe-se a união das forças democráticas para interromper a trajetória autoritária e a incompetência de aventureiros.."

Por uma Frente Ampla até doer
Juca Kfouri


Tudo já foi dito a respeito do obscurantismo cafajeste e miliciano que chegou ao poder no país fruto de eleição viciada, sob o silêncio de muitos e estimulado por outros tantos. 

Que hoje, menos mal, estão assustados com o que fizeram por ação e por omissão. 

Chegamos àquela situação em que cobrar responsabilidades é secundário diante da necessidade de interromper a noite tenebrosa vivida pelo Brasil, presidida por um desqualificado que envergonha as pessoas de bem da Nação.

E estamos praticamente paralisados diante do tamanho da barbárie cinicamente fascistóide dos que estão no poder em Brasília. 

Impõe-se a união das forças democráticas para interromper a trajetória autoritária e a incompetência de aventureiros que comandam a Economia, a Educação, a Saúde, o Meio Ambiente, a Justiça, os Direitos Humanos e a Comunicação no país.

Antes que seja ainda mais tarde do que já está.

 Os excessos cometidos por bandidos fardados, de São Paulo ao Ceará, passando pelo Rio de Janeiro e pela Bahia, são suficientemente eloquentes para que digamos basta!

O que está em curso é simplesmente tenebroso num retrocesso de mais de meio século. 

É hora de exigir o fim da barbárie para que possamos reencontrar o caminho da paz e da união nacional.

De norte a sul, de leste a oeste, urge a reação dos democratas. 

Impõe-se fazer frente à guerra de comunicação, com as forças democráticas em desvantagem no momento.

 E esquecer 2022 para que possamos ter 2022.

Quando o presidente da República convoca para uma manifestação contra os poderes Legislativo e Judiciário é porque o golpe deixa de ser desejo e passa a ser projeto. 

Outra ditadura, não! 

Tortura nunca mais! 

Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Lendo / relendo Roberto Drummond



Por Luiz Ricardo Péret 

Além de Machado de Assis, que é uma unanimidade, cito outros três escritores preferidos: Guimarães Rosa, Jorge Amado, que dispensam comentários. São reconhecidos internacionalmente. 

O outro pode ser surpresa para muitos. Anda esquecido e precisa ser revalorizado pela qualidade de seus livros. Me refiro a Roberto Drummond. 

Em 1971 publicou o conto, " A Morte de D.J. em Paris". 

Em 1975 ganhou o prêmio Jabuti. 

Foi considerado um divisor de águas na literatura contemporânea brasileira. Inovador tanto na forma como no conteúdo. 

Em seus livros Belo Horizonte sempre é citada, indicando locais onde passa algumas cenas. 
Acredito ser o escritor que mais escreveu citando a cidade.

Frequentava muito a Savassi e era comum cruzar com ele andando pela praça. 

 Roberto Drummond foi jornalista, escreveu durante muitos anos uma coluna sobre futebol chamada "Bola na Marca" no jornal Estado de Minas. 
Comentava sobre o Atlético. Diferenciava dos cronistas esportivos tradicionais pela maneira de escrever sobre futebol, sempre tinha um aspecto poético. 

Em uma de suas crônicas escreveu a frase que ficou imortalizada e que define bem a paixão do torcedor atleticano: " Se houver uma camisa branca e preta pendurada no varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento."
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Comecei o ano de 2020 com um projeto: ler/reler toda a obra de Roberto Drummond em ordem cronológica.

Obras do autor:

. A Morte de D.J. em Paris (1975)
. O  dia em que Ernest Hemingway morreu crucificado (1978)
. Sangue de Coca-Cola (1980)
. Quando fui morto em Cuba (1982)
. Hitler manda lembranças (1984)
. Ontem à noite era sexta-feira  (1988)
. Hilda Furacão (1991)
. Inês é morta  (1993)
. O homem que subornou a Morte & Outras histórias (1993)
. Magalhães navegando contra o vento *O cheiro de Deus  (2001)
. Dia de São Nunca à tarde  (publicação póstuma)
. Os mortos não dançam  valsa  (publicação póstuma)
. O Estripador da Rua G (publicação póstuma pela Fundação de Cultura de Belo Horizonte)
. Uma Paixão em Preto e Branco  (publicação póstuma das melhores crônicas de Roberto Drummond sobre o Clube Atlético Mineiro)

Para completar minha coleção faltavam 5 livros.

 E aí tive uma triste surpresa. Não encontrei nenhum livro do RD em 6 livrarias de BH e quando tentei encomendar, outra triste surpresa, não foi possível. Estava tudo zerado.

 Aí recorri a um sebo, na Savassi, onde encontrei 2 livros. Depois fui ao centro procurar os outros 3, em outros sebos. 

Como me referi antes, o Roberto Drummond infelizmente está esquecido. E na cidade que ele tanto amava , imagina no resto do país.

Consegui mais 2 livros na famosa livraria de livros usados, a Livraria Amadeu. E deixei encomendado o último livro que me falta.
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Reli o primeiro livro do R. D. 

 Em poucas horas, devorei o livro que foi definido pelo próprio autor como inovador e tornou-se símbolo da literatura pop. 

(Já estou no terceiro livro, depois irei comentar sobre eles)

" A Morte de D.J. em Paris" foi considerado um divisor de águas na literatura contemporânea brasileira. 

Roberto Drummond, em seu livro de contos
 "A Morte de D.J. em Paris" ,  constrói seus personagens a partir de um delicado exercício sobre a existência humana e seus paradoxos. Perdidos em meio à selva iluminada das metrópoles, seus personagens só sobrevivem porque sonham. Sonham tanto, que já não é tão importante saber exatamente onde estão.
São dez contos emblemáticos, em que o escritor mineiro revela a delicada fronteira entre realidade e fantasia.
O clima urbano, a linguagem pop e direta permitem que o leitor se torne cúmplice destas narrativas curtas sobre o homem contemporâneo e seu mundo fragmentado e paradoxal."
( Editora Objetiva, quando relançou o livro em 2002)

 Sílvia de Cássia Rodriguez Damacena de Oliveira, em seu estudo (2008) sobre a literatura pop de Roberto Drummond afirma que este é o primeiro livro do chamado Ciclo da Coca-Cola ( os primeiros 4 livros do escritor fazem parte desta fase) cujo enfoque é a presença da cultura de massa na sociedade. 

Para isso, escolheu a coca-cola como forma de representação do domínio cultural dos Estados Unidos e também das suas mutinacionais. 

Para fazer frente a este cenário, o escritor criou uma literatura contestadora, embora não parecesse.

 Depois irei abordar mais sobre este tema. 

 Como curiosidade: R D , como eu afirmei, me parece o escritor que mais citou Belo Horizonte. E nos contos do seu primeiro livro podemos citar alguns lugares da cidade citados por ele (alguns não existem mais) : Sloper, Cine Alvorada, Avenida Oiapoque, Sebo do Amadeu, Armazém Colombo, Cine Art-Palácio, bar Flor de Minas, Igreja da Boa Viagem e até se refere ao passeio de Belo Horizonte.


domingo, 16 de fevereiro de 2020

Frei Cláudio merece respeito!

Relato aqui um acontecimento triste e que me indignou

Por Luiz Ricardo Péret



Fui na Igreja do Carmo para ver se a missa seria celebrada por Frei Cláudio. Quando vi que o boletim da missa era outro já tive certeza que não era com ele. Quando olho para o lado esquerdo da Igreja vejo Frei Cláudio em pé. Fui até ele.

Conversamos. Me pareceu que está bem. Aí apareceram outras pessoas e todos perguntavam se não seria ele que faria a missa. Ele disse: ninguém me convidou para fazê-la. Agora não mando nada. E ainda disse: vão lá e perguntam para eles.

 Que triste!

 Depois começou a missa com todo aquele ar medieval, totalmente diferente das missas do Frei Cláudio .


E Frei Cláudio senta no banco. Depois da entrada do padre e dos "ajudantes".... quando o padre começou a falar uma mulher interrompe a missa e pergunta em voz alta: porque o Frei Cláudio não está celebrando a missa?

O padre fala que estão preservando a saúde dele.

Ela pergunta de novo . Depois de um tempo em silêncio o padre começa a missa.

Alguns levantam e vão embora e eu também. A missa que estava com pouca gente fica ainda mais vazia.

Nós sabemos que com o avançar da idade aparecem muitos problemas de saúde, mas  nada impede o respeito que devemos ter com a pessoa. Principalmente o frei Cláudio, que sempre nos ensinou a importância das relações fraternas, da boa convivência, da inclusão e da solidariedade.

O que aconteceu hoje foi um desrespeito a história e a pessoa de Frei Cláudio. Poderiam convidá-lo a fazer a missa junto. Antes de começar a missa deveriam ter explicado a situação. Mas nada.... Não é a primeira vez que o ignoram.

Mas os conservadores da igreja católica não conseguirão fazer a comunidade da Igreja do Carmo e de outras regiões esquecê-lo.



Viva Frei Cláudio !

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

O encontro do Papa com Lula



Ex-presidente e Papa se reuniram por cerca de uma hora no Vaticano.

 O presidente Lula concedeu na tarde desta quinta-feira (13/02) uma entrevista coletiva a veículos internacionais após ser recebido pelo Papa Francisco, no Vaticano.
 Ele revelou os principais temas debatidos no encontro. "A minha visita teve como objetivo principal discutir com o Papa Francisco a questão da desigualdade e a questão da sua luta na defesa de uma boa política ambiental. Todo mundo sabe que o mundo está ficando mais desigual, todo mundo sabe que na grande maioria do mundo os trabalhadores estão perdendo direitos e que conquistas estão sendo derrubadas pela ganância dos interesses empresariais e financeiros". 
 "Então eu vim, fiquei muito satisfeito com o encontro com o Papa Francisco. Acho que, se todo ser humano, ao atingir 84 anos, tiver a força, a disposição e a garra que ele tem de levantar temas instigantes para o debate, eu acho que a gente pode encontrar soluções mais fáceis", prosseguiu. 

 Lula disse ainda que, "quando o Papa Francisco toma a atitude de fazer um encontro em Assis para discutir a desigualdade, chamando milhares de jovens para debater a nova economia do mundo, eu acho que é uma decisão alentadora, que toca num assunto vital para o futuro dos trabalhadores do mundo inteiro”. 


“Durante o encontro no Vaticano ontem, Lula recebeu do Papa Francisco um rosário abençoado.



 E retribuiu o gesto presenteando o pontífice com uma imagem de Bejá Kayapó ”. 



 Na última semana, o Papa Francisco revelou sua preocupação com a Amazônia e com os povos originários de nossa terra em uma oração: 

 “Mãe, olhai para os pobres da Amazônia, porque o seu lar está a ser destruído por interesses mesquinhos. 

 Quanta dor e quanta miséria, quanto abandono e quanto atropelo nesta terra bendita, transbordante de vida!

 Tocai a sensibilidade dos poderosos porque, apesar de sentirmos que já é tarde, Vós nos chamais a salvar o que ainda vive.”

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Parte 4 (final) - R D afirma: sonhar é ser livre

Na última parte da entrevista (parte 4),  Roberto Drummond continua falando do sucesso de "Hilda Furacão " e  também do livro que ia ser lançado, o "Cheiro de Deus".

Fala sobre a genialidade de Reinaldo. Ele escrevia quase todo dia sobre o Rei...naldo, na sua coluna do "Estado de Minas ".

Afirma seu amor por Belo Horizonte e por Minas.

Ele conta que era considerado o que não ia dar certo : ovelha negra, ovelha vermelha da família.
Mas que sonhava: sonhava em ser escritor.

Roberto Drummond afirma: quem sonha é livre.

O paradoxo: na entrevista ele diz que se preocupava com a saúde, fazia atividade física, musculação, boa alimentação, não fumava.  Apesar disso, faleceu de enfarto no dia 21 de junho de 2002, a poucas horas antes do jogo Brasil X Inglaterra pela Copa do Mundo.
A Copa que o Brasil venceu e sagrou-se penta campeão.

Assista a Parte 4 (final ):



MP 910 vai beneficiar quem invadiu e desmatou terras públicas na Amazônia

Imazon ainda diz que a medida vai beneficiar casos recentes de grilagem e premiar com o título da terra quem cometeu crime, em entre o final de 2011 e 2018
São Paulo – A Medida Provisória (MP) 910 vai prejudicar ainda mais a floresta amazônica, segundo alerta a pesquisadora Brenda Brito, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). A MP 910, apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro, facilita a concessão de títulos de propriedades rurais a ocupantes de terras da União. Segundo estudo da entidade, a privatização de terras públicas na Amazônia vai beneficiar casos recentes de grilagem e premiar quem cometeu crime ambiental.
“Essa MP não traz benefícios para a sociedade brasileira e, na prática, amplia um prazo que as pessoas que ocuparam terra pública, quando era proibido, sejam beneficiadas por isso. É a legalização da grilagem, com a premiação de terras. Além disso, permite que as áreas desmatadas ilegalmente também passam a receber título de terra. Essa combinação manda uma mensagem de que essa conduta aceitável”, afirmou, em entrevista ao repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil Atual.
Outra medida de Bolsonaro com grande repercussão negativa: na última quinta-feira (6), o governo enviou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei (PL) 191/2019, que regulamenta a realização de pesquisa, exploração de minérios e a construção de hidrelétricas em terras indígenas. A líder indígena Sonia Guajajara afirmou, nas redes sociais, que o sonho do governo significa o “fim dos povos indígenas”.
“O seu sonho, presidente, é o nosso pesadelo. É o nosso extermínio. O seu garimpo provoca morte, doenças, miséria e acaba com o futuro de toda uma geração. Nós sabemos que o seu sonho é o genocídio institucionalizado. Não vamos aceitar a mineração e hidrelétricas nos nossos territórios”, criticou Brenda, em vídeo publicado nas redes sociais.
Mesmo valendo para todo o Brasil, a MP 910 terá impacto maior na Amazônia Legal. A medida está em vigor, desde dezembro, quando foi publicada, mas precisa ser aprovada pelo Congresso até abril. Os pesquisadores do Imazon recomendam que a MP seja rejeitada.
Ouça a reportagem
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domingo, 9 de fevereiro de 2020

Na parte 3, R D fala sobre o Prêmio Jabuti, Hilda Furacão e BH

Na terceira parte da entrevista Roberto Drummond fala sobre a vitória do seu conto " A Morte de D.J. em Paris" no Prêmio Jabuti, no Paraná.

Aborda o sucesso do seu livro "Hilda Furacão" e como ele se transformou em mimi-série, também, de sucesso, na TV Globo.

E mais uma vez a presença de Belo Horizonte como cenário das ações e com o sucesso do livro e da
mini-série, como BH foi divulgada internacionalmente.

Assista a parte 3:


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Parte 2: Roberto Drummond por ele mesmo

Nesta segunda parte, Roberto Drummond fala sobre sua mudança do interior para Belo Horizonte com o objetivo de fazer o curso científico. Estudou no Colégio Santo Antônio e depois no Colégio Arnaldo.
Morou em uma pensão no centro da cidade.

Em BH, descobriu a literatura engajada de Jorge Amado, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Amando Fontes e assim, mudou radicalmente sua personalidade.

Em BH sentiu um choque cultural. Com pensamento no jornalismo e na revolução.

Roberto Drummond fala dos jornais conservadores da época que não
noticiavam greves e conta que quando participou da greve dos estudantes secundaristas passou pelas redações dos jornais para divulgá-la e aí conheceu  Felipe Drummond que o convidou para trabalhar na  "Folha de Minas", onde passou a assinar uma coluna.

Passou também pelo jornal " O Debate " , " Binômio", "Edição Mineira", Revista Alterosa, Jornal do Brasil. Trabalhou na Asa Propaganda, Jornal dos Sports e depois foi para o "Estado de Minas" escrever sobre futebol, pois estava proibido pelos militares de escrever sobre "outras coisas", porque era considerado subversivo .

Depois ganhou o prêmio literário brasileiro.

R D conta que foi em Guanhães que escolheu o que queria ser:  escritor e o time que queria torcer .
Escolheu o Atlético e diz que é atleticano sobre todas as coisas do mundo.
Ele relata como criou a famosa frase sobre a camisa do Galo pendurada no varal durante uma tempestade: " Eu viu isso e torci contra o vento".

Explicou ainda a causa de sua saída do jornal " Estado de Minas" e a ida para o jornal " Hoje em Dia" (anos depois ele retornaria ao " Estado de Minas")

Assista a parte 2:


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Roberto Drummond por ele mesmo - Parte 1

Roberto Drummond foi um grande jornalista e escritor.

Sou fã dos seus livros e eu era leitor assíduo da sua coluna no jornal "Estado de Minas ". Na sua coluna "Bola na Marca" ele escrevia sobre futebol e em especial sobre o Clube Atlético Mineiro, seu time do coração.

É importante relembrarmos dele e de seus livros.

 Nesta entrevista, abaixo, Roberto Drummond fala sobre seus pais, sua infância, sua adolescência. O conservadorismo da cidade que nasceu e a outra cidade que morou e que era " livre". A influência das radionovelas. As leitura das revistas em quadrinhos (Capitão Marvel) , do Tarzan, da Geografia de D. Benta, da revista O Cruzeiro.
Ele revela o acontecimento que o fez sentir que podia ser escritor.

Roberto Drummond por ele mesmo - Parte 1
Programa Gente