A Polícia Federal indiciou as mineradoras Vale e Samarco e a Vogbr, empresa que vistoria barragens, pela rompimento da barragem de Fundão, em Minas; as companhias foram indiciadas como pessoa jurídica; outras sete pessoas foram indiciadas, dentre elas o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, além de diretores da empresa; eles responderão por "tornar área, urbana ou rural, imprópria para ocupação humana", "dificultar o uso público de praias", "causar poluição hídrica" e "lançamento de resíduos em desacordo com as exigências estabelecidas"; a pena para estes casos pode chegar a cinco anos de prisão
PF indiciou as mineradoras Vale e Samarco e a Vogbr, empresa que vistoria barragens, pela rompimento da estrutura de Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na região central de Minas. As companhias foram indiciadas como pessoa jurídica.
A PF também indiciou sete pessoas: o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, o Diretor de Operações, o Gerente Geral de Operações, o Coordenador de Monitoramento das barragens, o Gerente Geral de Projetos, a Gerente de Geotecnia, e responsável técnico pela barragem de Fundão, além do engenheiro responsável por assinar a Declaração de Estabilidade da estrutura meses antes do rompimento.
Os indiciados também vão responder por "tornar área, urbana ou rural, imprópria para ocupação humana", "dificultar o uso público de praias", "causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água", e "lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas". A pena para estes casos pode chegar a cinco anos de prisão.
A tragédia provocou a morte de 17 pessoas e, segundo a Samarco, despejou cerca de 62 milhões de metros cúbicos de lama no meio ambiente, o suficiente para encher 24 mil piscinas olímpicas. De acordo com o Ibama, 663 quilômetros de rios foram atingidos pela lama, que chegou ao litoral do Espírito Santo.
Segundo comunicado da PF, pode haver novos indiciamentos "conforme o que for apurado no inquérito policial". A corporação reforçou que tem "atribuição para investigar crimes ambientais" porque os rejeitos de minério de ferro atingiram o leito do Rio Doce, que é um bem da União e banha dois Estados, Minas e Espírito Santo.
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