quarta-feira, 13 de outubro de 2021

A derradeira e emocionante viagem ao espaço do "Capitão Kirk"

 Para um fã, como eu, da série clássica Jornada nas Estrelas (Star Trek) esse dia é histórico.  O ator William Shatner, o "Capitão Kirk" viajou no Espaço.

Ninguém um dia poderia imaginar esse feito. E se tornou a pessoa mais velha a viajar para o Espaço.

 Se estivesse vivo, o que estaria pensando hoje o criador da série clássica Gene Roddenberry? 

O ator que há mais de meio século interpretou o Capitão Kirk em "Jornada nas Estrelas" fez uma viagem de verdade ao espaço.

AUDACIOSAMENTE INDO ONDE NENHUM HOMEM DE 90 ANOS JAMAIS ESTEVE ... 

JORNADA NAS ESTRELAS 

O ator norte-americano William Shatner, 90 anos, tornou-se nesta quarta-feira (13) a pessoa mais velha a viajar para o Espaço. O lendário "Capitão Kirk", de "Star Trek", viajou na cápsula da Blue Origin, empresa espacial do bilionário Jeff Bezos, ao lado de Chris Boshuizen, Glen De Vries e Audrey Powers.




Depois do pouso, Shatner se emocionou ao agradecer Bezos pela experiência. "O que você me deu é a experiência mais profunda que eu poderia ter. Eu estou tão cheio de emoção que... é extraordinário", disse ele. Bezos o abraçou em seguida.

 O ator perdeu as palavras ao tentar explicar o que vivenciou, e disse que a coisa mais bonita foi a "maciez" do azul da Terra, contrastando com o preto do espaço. "Embaixo é a mãe Terra, é conforto. E em cima, tudo preto, é... morte? É isso que a morte é?", refletiu.

 "Espero nunca me recuperar disso. Não quero perder o que eu vi. É tão maior do que estar vivo", comentou. "Eu adoraria comunicar o momento em que você vê a vulnerabilidade de tudo. É tão pequeno. Esse ar, que nos mantém vivos, é mais fino que a pele, é uma lasca, é inimaginavelmente pequeno quando você pensa em termos do universo", afirmou.

 Shatner foi um dos quatro tripulantes da missão NS-18, da Blue Origin.  





A volta do capitão Kirk na cápsula que retornou a Terra com os outros três tripulantes.

O espaço, a fronteira final? A célebre frase que marcou os filmes de “Star Trek – Jornada nas Estrelas” terá um gostinho de vitória para William Shatner. O ator de 90 anos se tornou nesta terça-feira, 13 de outubro, o homem mais velho a viajar para o espaço, a bordo de uma aeronave 



domingo, 10 de outubro de 2021

Brasil: o país da naturalização e normalização da barbárie 

 


 POR: Robson Sávio Reis Souza 

 Um acordão, feito em sombrios corredores de Brasília, resulta na normalização de Bolsonaro e seu governo da destruição nacional. 

 Um presidente que liderou ataques à democracia e às instituições republicanas, fragilizando-as; que se associou ao submundo miliciano, levando-o para o centro do Estado; que provocou, por ações e omissões, a morte de milhares de brasileiros com a incúria planejada e sistemática no enfrentamento à pandemia (como prova e comprova a CPI da Covid-19); que se articulou ao fundamentalismo religioso para trapacear e manipular massas de incautos; que se ajoelha no ultraliberalismo pauloguediano para destruir o Estado e esfarelar as políticas sociais criadas a partir da Constituição Federal de 1988; que é parceiro de primeira hora de todo o tipo de predadores: madeireiros, mineradores, garimpeiros, coveiros que odeiam pobres, pretos, indígenas, etc. 

 Tudo está sendo normalizado e naturalizado com o apoio sempre perverso da mídia empresarial, sócia histórica dos capatazes do povo brasileiro.

 Depois do último estupro público da democracia promovido por Bolsonaro e bolsonaristas em 7 de setembro, os moralistas sem moral de sempre costuraram o acordo que "protege" a vítima estuprada, a democracia, salvando e redimindo o predador. Exatamente como ocorre nas famílias de homens de bem e dos bons cristãos .

 Não "impichar" Bolsonaro - depois de tudo o que ele fez - representa uma derrota para a democracia que foi e é fortemente atacada; uma derrota para as oposições e os movimentos populares que não conseguem vitórias significativas a partir das mobilizações nas redes e nas ruas; enfim, uma derrota moral para o Brasil porque Bolsonaro é desumano, tem mente sombria, é perverso e servidor do mal e, mesmo assim, continua no poder. 

 Mas, afinal, sejamos francos, qual é a novidade?

 Um país que, historicamente, naturaliza o racismo, a mortandade de mais de 50 mil pessoas por ano (pobres, pretos, vulneráveis); que convive em berço esplêndido com uma das mais abissais desigualdades sociais do planeta; que tem um sistema bancário que rouba descaradamente com juros pornográficos... 

 Olhamos para o Executivo e enxergamos uma gangue de predadores; miramos o Congresso onde prevalecem os intrereses privados, que sustentam o Executivo, em detrimento dos interesses públicos e, como se não bastasse, temos um sistema de justiça seletivo que é bajulado pelas elites por fazer chantagem contra outros poderes.

 Bolsonaro não está só em seu projeto contra o povo e a Nação. 

 Verdadeiramente os três poderes que governam o país atualmente são "o vírus, o desgoverno e a indiferença", como lembra Janio de Freitas.

 O desemprego, a miséria, a fome campeando...

 Cidadãos nas filas dos ossos, um escândalo internacional que aqui é naturalizado. E tudo parece que é obra do acaso. 

 Enquanto isso, as "instituições que funcionam" seguem exercendo sua função de naturalização e normalização da barbárie. 

 E num tempo de barbárie, os templos estão em festa, funcionando como outras tantas empresas que usam de engrenagens humanas para justificarem sua existência.

Sim. Há muitas formas potentes de resistências. Poderia ser pior. Mas, a realidade se impõe à qualquer otimismo de ocasião. 

Tudo muito sórdido, hipócrita, perverso.

 Tudo muito próprio do Brasil...