terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Como era para ser o nosso Parque Municipal

 por Leonardo Louzada 

ESPECIAL BH 123 

ANOS PARTE 05-09

 COMO ERA PARA SER O NOSSO PARQUE MUNICIPAL 

 Será este Parque o mais importante e grandioso de quantos há na América...

Várias construções de gosto enfeitarão este belo jardim, proporcionando vários entretenimentos aos passeantes..." (Aarão Reis - Comissão Construtora).

 Um projeto gingante, audacioso, Aarao Reis, gostava tanto do local do parque, que até foi morar lá, quando ainda era a Chácara do Sapo, do seu amigo Guilherme Vaz de Mello. Ele queria uma coisa grande, com um grande rio passando pelo parque por isso destinou quase 600 mil metros de quadrados para o parque ser uma ilha de descansos no meio da cidade.

 Chamou o arquiteto-jardineiro francês, Paul Villon para tocar o projeto. A ideia era fazer o maior parque da América Latina, e teve como inspirações o Central Park nos Estados Unidos, o Hyde Park na Inglaterra e Bois de Boulogne da França. 

 Em seu projeto inicial é tema deste post e mostrar o que teria no parque como. 

 => Uma linda casa que serviria de Cassino 

 => Um lindo Observatório metereológica na parte alta do parque (onde hoje está o Palácio das Artes) 

=> Uma Ponte rústica de quase 30 metros. 

 => Um prédio onde seria o restaurante. Além de,

  => Um majestoso portão de entrada, digno dos grandes parques do mundo.

 Nenhum desses foi construído, do projeto inicial apenas a concha acústica e o coreto, coreto esse que nem foi construído, já tinha uma que ficava na praça do Mercado (hoje rodoviária) apenas no início da década de 20, e que foi pro parque. 

 O parque começa a ser mutilado logo no início do século passado, para se ter uma ideia o parque ia até mais ou menos onde hoje temos a Francisco Salles, e pegava toda região ali do bairro floresta, mas a questão de logística e segurança limitaram o parque pela linha férrea e logo pelo arrudas.

Então o parque ficou da Rua da Bahia, Margeando o Arrudas, até a avenida Francisco Sales e Alfredo Balena, até avenida Afonso Pena.

 Em 1913, a faculdade de medicina, morde mais uma beirada do Parque, que ficou muito mutilado.

Para “acertar” o parque, o governo teve que dar parte para o América, para indenizar, já que precisava do campo da avenida Paraopeba para construir o mercado central. 

 Apenas em 1968, fica proibido edificar dentro do parque. Apenas o Francisco Nunes, que começou em 1950 como teatro de emergência já que JK tinha dado o Teatro Municipal para família de Luciano.

 O Palácio das artes iniciou as obras em 1941, cada ano colocam um tijolo na parede com a Lei de 1968, deram o prazo de 5 anos para finalizar sob pena de ter que derrubar o que já existia. 

E em 1971 finalizaram as obras. O projeto de Oscar Niemayer prévia uma passarela até a Afonso Pena. 

O parque é ainda o nosso maior espaço democrático. 

 Algumas curiosidades :

=> O parque foi cenário e local de criação do clube Atlético Mineiro em 1908

 => em 1924, Olégario Maciel, para fugir da Maldição da Maria Papuda, em vez do Palácio do Governo optou por morar no parque municipal.












Nenhum comentário:

Postar um comentário