sexta-feira, 10 de junho de 2016

Entrevista mostra uma Dilma mais capacitada para enfrentar este momento

A presidente afastada Dilma Rousseff afirmou, em entrevista que foi ao ar na noite desta quinta-feira (9) na TV Brasil, que a consulta popular, por meio de um plebiscito, é a única forma “de lavar e enxaguar” o que ela chamou de “lambança de Temer”. Entretanto, a petista não afirmou sobre qual o tema a ser tratado nessa eleição.

Segundo Dilma, se o impeachment cair e ela voltar à Presidência, não será possível uma composição com o que está "representado" pelo governo interino.

“Se eu voltar, o pacto que se firmou na Constituição de 1988 não será refeito no gabinete, mas sim pelo povo”, disse ela ao jornalista Luis Nassif, que conduziu a entrevista tratando o afastamento de Dilma como “golpe” e criticando abertamente o governo de Michel Temer.


A entrevista de Dilma na TV Brasil, assista na íntegra

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Assista aqui, na íntegra, a entrevista da presidenta Dilma Rousseff a Luis Nassif, transmitida na noite de quinta-feira, dia 9, pela TV Brasil e pela Rede Minas.


A presidente afastada Dilma Rousseff afirma: “O Governo Temer é a expressão do Eduardo Cunha, é a síntese do Eduardo Cunha”.
Daí em diante, Dilma começa a abrir o verbo e passa a dizer que o impeachment é obra essencialmente de Eduardo Cunha, do qual Michel Temer é o passageiro privilegiado.
Fala da lava Jato, onde “setores da mídia se tornaram cúmplices de vazamentos seletivos”, feitos com propósitos políticos.
Desqualifica as supostas razões jurídicas que fundamentam o processo de impeachment que responde.
E entra no essencial que o golpe desqualifica a soberania popular, de que seja o povo a escolher quem governa o país.
Alerta para o risco de ser adotar um semi-parlamentarismo ou, mesmo, a volta de eleições indiretas.
Explica que, num país de oligarquias como o nosso, o presidencialismo foi o regime das mudanças.
E que só uma reforma política e  a consulta popular é a “única forma de lavar e enxaguar esta lambança que virou nosso sistema político”.
“O Brasil tem de interromper este ciclo de corrupção”, disse, mas sem destruir o sistema empresarial-produtivo, mas de punir economicamente as empresas que se envolvam em irregularidades.
“Há uma hipocrisia imensa nesta história das investigações”. E citou a vergonha da exploração da história do seu cabeleireiro.
E vem aí um trecho hilário sobre as acusações sobre as empreiteiras “pagando” os arranjos do cabelo que começava a nascer após o câncer que teve em 2009 e a “compra de um teleprompter pessoal”.

Criticou severamente a atuação de Serra no Ministério das relações Exteriores.
Afinal, nos últimos 10 minutos, trata do futuro.
Não há pacto possível com Temer no poder.

DILMA SUGERE PLEBISCITO

A presidente afastada Dilma Rousseff afirmou que a consulta popular, por meio de um plebiscito, é a única forma “de lavar e enxaguar” o que ela chamou de “lambança de Temer”. Entretanto, a petista não afirmou sobre qual o tema a ser tratado nessa eleição.
Segundo Dilma, se o impeachment cair e ela voltar à Presidência, não será possível uma composição com o que está "representado" pelo governo interino.
“Se eu voltar, o pacto que se firmou na Constituição de 1988 não será refeito no gabinete, mas sim pelo povo”, disse ela ao jornalista Luis Nassif, que conduziu a entrevista tratando o afastamento de Dilma como “golpe” e criticando abertamente o governo de Michel Temer.
 " É preciso recorrer à população, em alguma forma de consulta, talvez um plebiscito."
Questionada por Nassif se essa solução já estaria em seus planos, caso seja reconduzida ao cargo, Dilma respondeu: "acredito que essa seja a melhor resposta para esse momento".

Infelizmente, o ponto conclusivo do processo de consulta popular não foi levado adiante.
Ainda assim, o que se viu foi uma Dilma extremamente mais capacitada para dirigir um país, inclusive para os interesses econômicos dominantes que, infelizmente, têm a visão miúda do feitor.
Repercussão?
Primeira no “trendtopics” do Twitter.
E, mais importante, sem panelas.
O Brasil parece estar caindo em si.

Fonte: Tijolaço







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