quinta-feira, 26 de junho de 2014

A importância do contato com as árvores para a saúde

 

                  foto :L.R.P

 

Do site do ambientalista Jorge Espeschit destaco três artigos sobre a importância das árvores na saúde das pessoas:

o contato com a natureza tem a capacidade de restaurar a concentração e reduzir a fadiga mental; as árvores reduzem os poluentes e a mortalidade e o efeito terapêutico dos aromas das árvores podendo reduzir a pressão arterial e fortalecer a imunidade das pessoas.                 
 Saúde

Do jorgeespeschit.com.br:

Quem mora perto de áreas verdes é mais propenso à felicidade


Vida urbana e fadiga mental, uma dupla quase inseparável, certo? Mas um passeio no parque pode dar um jeito rápido nesse problema. O efeito do relaxamento foi comprovado por um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos.
Ao analisar os dados de uma pesquisa sobre a saúde e bem estar da população local, os cientistas observaram que os “altos níveis de espaços verdes foram associados com sintomas mais baixos de ansiedade, depressão e estresse”.O estudo, publicado recentemente no Jornal Internacional de Pesquisa Ambiental e Saúde Pública, combina dados de saúde mental com dados de satélite que analisaram como a vegetação estava presente em cada um dos blocos do censo.
Eles descobriram que, em todos os estratos da sociedade, as pessoas que viviam em um bairro com menos de 10 por cento de áreas arborizadas eram muito mais propensas a relatar sintomas de depressão, estresse e ansiedade.
“Assim, uma pessoa pobre que vive em uma estrada próxima a uma floresta nacional é mais propícia a se sentir feliz do que uma pessoa mais rica vivendo em um lugar totalmente cinza”, diz um trecho do estudo.O doutor Kristen Malecki, professor assistente de ciências da saúde da Escola de Medicina e Saúde Pública da Universidade, observa que o estudo dá credibilidade à “teoria da restauração atenção”, que afirma que mais tempo na natureza restaura a capacidade de concentração e reduz a fadiga mental.
A explicação é simples. Cansado de ter que ficar constantemente alerta e consciente aos estímulos do da correria do dia a dia, o cérebro humano se recupera (e põe as ideias em ordem) ao percorrer um caminho repleto de árvores e estímulos naturais.
Dentro dessa lógica, até mesmo visualizar espaços verdes da janela do escritório pode ser reconfortante. 

Estudo sugere que árvores ajudam a reduzir mortes em grandes cidades


A cidade de Nova York foi a que apresentou melhores resultados na relação entre florestas urbanas e qualidade de vida.
Cientistas do Serviço Florestal dos Estados Unidos, juntamente com o Instituto Davey, pesquisaram o impacto das florestas urbanas nas grandes cidades. O resultado mostra que as árvores podem salvar uma vida a cada ano e reduzir a poluição local.
O estudo foi feito em uma amostra que abrange dez cidades norte-americanas: Atlanta, Baltimore, Boston, Chicago, Los Angeles, Minneapolis, Nova York, Filadélfia, San Francisco e Syracuse. A constatação é de que as árvores auxiliam no controle das pequenas partículas de poluição que ocasionam doenças graves no pulmão, aterosclerose acelerada, problemas cardíacos, inflamações e até mesmo a morte prematura.
Por concentrar níveis altos de poluentes no ar, a cidade de Nova York foi a que apresentou melhores resultados na relação entre florestas urbanas e qualidade de vida. Lá, as árvores são responsáveis por salvarem até oito pessoas por ano.
“Esta pesquisa mostra claramente que as florestas urbanas da América são investimentos essenciais para ajudar a produzir ar puro e água limpa, reduzir os custos com energia e tornar as cidades mais habitáveis. Simplificando, as florestas urbanas melhoram a vida das pessoas”, explicou Michael Rains, diretor do Serviço Florestal dos EUA.
Os resultados identificados na Filadélfia comprovam a veracidade do estudo. A redução da mortalidade em consequência das árvores plantadas na cidade a partir de 2011 permitiu uma economia financeira de US$ 9,7 milhões, também proporcionada pela redução de mais de dois mil casos de asma e doenças pulmonares e maior assiduidade dos funcionários em seus empregos. 

Cheiro das árvores pode reduzir estresse e aumentar a imunidade


Caminhar no parque e sentir o cheiro das árvores pode significar mais do que se pensa na vida e na saúde do homem.
Um estudo feito no Japão avalia o efeito terapêutico dos aromas das árvores e pode dar origem a um novo tratamento alternativo.
De acordo com os especialistas, quando os cheiros da floresta começam a agir no organismo, eles já diminuem o estresse e a irritação.
Sendo assim, caminhar numa área verde pode estabilizar a pressão arterial e fortalecer a imunidade das pessoas.
Jardim Japonês da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte
O estudo analisou os efeitos que os óleos essenciais e os odores emitidos pelas árvores exercem no organismo.
Qing Li, um dos cientistas que coordenam a pesquisa, acredita que os pinheiros estejam entre as árvores que tenham um dos maiores potenciais terapêuticos na natureza.
Li criou o centro de pesquisa International Society of Nature and Forest Medicine, que viabiliza a aplicação do cheiro das árvores em tratamentos alternativos.
A ação inspirou os finlandeses, que criaram o Finnish Forest Research Institute, centro de referência que também estuda os fins terapêuticos dos cheiros das árvores.
Embora os cientistas ainda não tenham concluído as pesquisas, sobre os efeitos dos que sentimos nas florestas, já foi comprovado que olhar para fotografias com temas relacionados ao meio ambiente relaxa o cérebro da mesma maneira que se o indivíduo estivesse no local fotografado.

Jorge Espeschit:
Ambientalista, foi Diretor do Parque das Mangabeiras, Secretário Municipal de Meio Ambiente, Chefe de Gabinete da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU),  Diretor do Jardim Botânico da Fundação Zôo-Botânica de Belo Horizonte, Diretor de Planejamento e Monitoramento da Fundação de Parques Municipais e Secretario de Administração Regional Municipal NORDESTE da Prefeitura de Belo Horizonte.
Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente e foi Conselheiro, no Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município – CDPCM e no Conselho Municipal de Turismo. Atualmente é Presidente da Fundação Zôo-Botânica de Belo Horizonte.



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