sábado, 30 de novembro de 2013

Mestre Vitalino: a arte feita de barro - (Parte Final)


OBRAS DO MESTRE VITALINO
[Seleção de obras]

"Vitalino criou uma narrativa visual expressiva sobre a vida no campo e nas vilas do interior pernambucano. Fez esculturas antológicas, como “Violeiros”, “O enterro na rede”, “Cavalo-marinho”, “Casal no boi”, “Noivos a cavalo”, “Caçador de onça”, “Família lavrando a terra”, entre outras"
- Angela Mascelani



Boi (cerâmica), Mestre Vitalino -  Foto autoria desconhecida
[Acervo do Museu de Arte Popular do Recife/PE]

Retirantes, (cerâmica), Mestre Vitalino -  Foto autoria desconhecida
[Acervo do Museu de Arte Popular do Recife/PE]


Vaquejada (cerâmica), Mestre Vitalino -  Foto autoria desconhecida
[Acervo do Museu de Arte Popular do Recife/PE]


Noivos a cavalo (cerâmica), Mestre Vitalino -  Foto autoria desconhecida
[Acervo do Museu de Arte Popular do Recife/PE]


Cangaceiro (cerâmica), Mestre Vitalino -  Foto autoria desconhecida
[Acervo do Museu de Arte Popular do Recife/PE]

Violeiros (cerâmica policromada), Mestre Vitalino. Foto autoria desconhecida
[Acervo do Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro/RJ]


Cangaceiro a cavalo (cerâmica policromada), Mestre Vitalino
[Acervo do Museu do Barro - Espaço Zé Caboclo, Caruaru, PE]

Lampião (cerâmica policromada), Mestre Vitalino
[Acervo Museu de História e Arte do Estado do Rio de Janeiro/RJ]

Retirantes (cerâmica policromada), Mestre Vitalino [déc. 1960]
Reprodução fotográfica Anibal Sciarretta


Casa de Farinha (cerâmica policromada), Mestre Vitalino [s.d.]
 Reprodução fotográfica Anibal Sciarretta
[Acervo Museu do Homem do Nordeste, Recife/PE]


 Mestre Vitalino, Carro de boi, cerâmica. Acervo do Museu do Homem do Nordeste, Recife-PE. Foto: arquivo pessoal



MESTRE VITALINO E A MÚSICA
Dono de um grande talento musical, aprendeu a tocar pífano (espécie de flauta sem claves e com 7 furos) e com apenas 15 anos montou sua própria banda, a Zabumba Vitalino.

"Eu aprendi tocar pela cadência, tirando tudo do juízo"
- Mestre Vitalino
Mestre Vitalino e a Zabumba de Mestre Vicente[foto autoria desconhecida]
 
ACERVOS DA OBRA DO MESTRE VITALINO

Casa Museu Mestre Vitalino - Alto do Moura/PE

Museu Casa do Pontal - Rio de Janeiro/RJ

Museu de Folclore Edison Carneiro - Funarte - Rio de Janeiro/RJ

Museu do Barro de Caruaru – Caruaru/PE

Museu do Homem do Nordeste - Fundação Joaquim Nabuco - Recife PE

Museu Nacional de Belas Artes - MNBA - Rio de Janeiro RJ

Museu Theo Brandão - Universidade Federal de Alagoas - UFAL – Maceió/AL

Museus Castro Maya - IPHAN/MinC - Rio de Janeiro/RJ

Museu do Louvre - Paris/França

Coleções particulares – (sendo que a maior parte de suas obras faz parte de coleções particulares).

 
“Ele não capta somente o seu mundo e o transporta ao barro. Ele veicula, pela intencionalidade das suas composições, pelo efeito de certos artifícios de atitude e de exagero de peculiaridades, ou ainda através do conteúdo de suas histórias, os valores desse mundo – estéticos, econômicos, sociais, morais, religiosos.”
- René Ribeiro (antropólogo), em "Vitalino – um Ceramista Popular do Nordeste", Fundação Joaquim Nabuco, 1972.


Mestre Vitalino



EXPOSIÇÕES DA OBRA DO MESTRE VITALINO
Exposições Coletivas


1947 - Rio de Janeiro/RJ - Exposição de Cerâmica Popular Pernambucana, [organizada, por Augusto Rodrigues].

1949 - São Paulo/SP - Coletiva, no MASP.

1954 - Goiânia/GO - Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais.

1955Neuchatel/Suíça - Arte Primitiva e Moderna Brasileiras (integra a exposição).


Exposições Póstumas

Mestre Vitalino
1984 - São Paulo/SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, Fundação Bienal.

1992 - Zurique/Suíça - Brasilien: entdeckung und selbstentdeckung, Kunsthaus Zürich

1993 - Rio de Janeiro/RJ - Mestre Vitalino, Centro Cultural Banco do Brasil

1995 - Rio de Janeiro/RJ - Mestre Vitalino - 80 anos de arte popular. Museu Nacional de Belas Artes.

2006 - São Paulo/SP - Viva Cultura Viva do Povo Brasileiro, Museu Afro-Brasil.

2009 - Caruaru/PE - 100 olhares de Vitalino.  Galpão das Artes, antiga estação ferroviária.

2009-2010Rio de Janeiro/RJ - A Arte do Barro e o Olhar da Arte Vitalino e Verger. Museu Casa do Pontal. [12/12/2009 a 12/08/2010 - comemoração dos 100 anos de Vitalino].

2010 - São Paulo/SP - Mestre Vitalino: a terra e o imaginário. Galeria de Artes do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no campus da Barra Funda na capital paulista.

2011 - Brasília DF - O Brasil na Arte Popular - Acervo Museu Casa do Pontal, Museu Nacional de Brasília.
 

Mestre Vitalino comercializando suas peças na feira de Caruaru, Pernambuco, 1947. Foto: PIERRE VERGER
 

 CRONOLOGIA DO MESTRE VITALINO
1909 – Nasce em 10 de julho, no Sítio Campos - Caruaru/ PE.
1915 - Realiza, aos seis anos de idade, o seu primeiro boneco de barro: um gato maracajá trepado numa árvore, acuado por um cachorro e um caçador fazendo pontaria.
Mestre Vitalino, por Emerson Fialho
1924 - Passa a tocar pífanos e cria sua banda, composta por quatro músicos.
1948 – Muda-se para Alto do Moura – Caruaru/PE.
1960 - Participa, na residência do industrial Drault Hermanny, no Rio de Janeiro, a 29 de outubro, de uma Noite de Caruaru, durante a qual 37 dos seus bonecos são leiloados. Destina a renda para a construção do Museu de Arte Popular de Caruaru.
03/11/1960 - Recebe do Governo da Guanabara a "Medalha Sílvio Romero", atribuída aqueles que contribuem para a divulgação do folclore nacional. Ao agradecer a honraria, diz: "Viva Deus, viva a mãe de Deus e viva quem me deu essa medalha". Nesse mesmo dia, inaugura a Exposição de Arte Popular, promovida pela Escolinha de Arte do Brasil e na ocasião é homenageado.
05/11/1960 - Recebe homenagem de Leopold Arnaud, adido cultural dos Estados Unidos no Rio de janeiro.
1960 – Em Novembro, Vitalino viaja ao Rio de Janeiro, para participar de uma "Noite de Caruaru", organizada por intelectuais como os irmãos Condé, e levou junto a sua banda. O objetivo da festa era uma exposição de arte, mas a banda agradou tanto que acabou gravando, nos estúdios da Rádio MEC, seis músicas que em 1975, já depois de sua morte, fariam parte do disco "Vitalino e Sua Zabumba" lançado pela Companhia de Defesa do Folclore Brasileiro. 
1961 - A embaixada do Brasil em Lima, Peru, realiza uma exposição das peças do mestre Vitalino.
16/11/1961 - Doa 250 peças de sua autoria ao Museu de Arte Popular de Caruaru.
1960/1963 - Brasil - Viaja por todo o país, participando de exposições e mostrando sua técnica.
1963 – Morre pobre, no dia 20 de janeiro, vítima de varíola, em Caruaru/PE.


 
Mestre Vitalino - foto: Pierre Verger - Caruaru/PE, 1947
[Acervo Fundação Pierre Verger - fonte: blog estadão]
Fontes:
elfikurten.com.br
artepopularbrasil.blogspot.com.br
 

Um comentário:

  1. quando foram feitas as obras que o senhor mostrou nesse resumo da vida do Mestre Vitalino

    ResponderExcluir