domingo, 16 de fevereiro de 2020

Frei Cláudio merece respeito!

Relato aqui um acontecimento triste e que me indignou

Por Luiz Ricardo Péret



Fui na Igreja do Carmo para ver se a missa seria celebrada por Frei Cláudio. Quando vi que o boletim da missa era outro já tive certeza que não era com ele. Quando olho para o lado esquerdo da Igreja vejo Frei Cláudio em pé. Fui até ele.

Conversamos. Me pareceu que está bem. Aí apareceram outras pessoas e todos perguntavam se não seria ele que faria a missa. Ele disse: ninguém me convidou para fazê-la. Agora não mando nada. E ainda disse: vão lá e perguntam para eles.

 Que triste!

 Depois começou a missa com todo aquele ar medieval, totalmente diferente das missas do Frei Cláudio .


E Frei Cláudio senta no banco. Depois da entrada do padre e dos "ajudantes".... quando o padre começou a falar uma mulher interrompe a missa e pergunta em voz alta: porque o Frei Cláudio não está celebrando a missa?

O padre fala que estão preservando a saúde dele.

Ela pergunta de novo . Depois de um tempo em silêncio o padre começa a missa.

Alguns levantam e vão embora e eu também. A missa que estava com pouca gente fica ainda mais vazia.

Nós sabemos que com o avançar da idade aparecem muitos problemas de saúde, mas  nada impede o respeito que devemos ter com a pessoa. Principalmente o frei Cláudio, que sempre nos ensinou a importância das relações fraternas, da boa convivência, da inclusão e da solidariedade.

O que aconteceu hoje foi um desrespeito a história e a pessoa de Frei Cláudio. Poderiam convidá-lo a fazer a missa junto. Antes de começar a missa deveriam ter explicado a situação. Mas nada.... Não é a primeira vez que o ignoram.

Mas os conservadores da igreja católica não conseguirão fazer a comunidade da Igreja do Carmo e de outras regiões esquecê-lo.



Viva Frei Cláudio !

Um comentário:

  1. Olá
    Fui Carmelita, de 1983 a 1989 e tive a alegria de conhecer o meu xará Cláudio. Fomos confrades quando em 1988 me tornei frei Cláudio Joaquim Rezende. Agradeço pelos textos que você posta aqui. Hoje sou casado, mas sinto saudade do tempo de carmelita e saudade daquela turma que lutava por uma fé encarnada na realidade.
    Parabéns, Luiz Ricardo Péret

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