terça-feira, 17 de agosto de 2021

Em defesa do Palácio Capanema

 Vender o Palácio Capanema, o prédio do antigo Ministério da Educação, não é diferente de deixar queimar a Cinemateca Brasileira. 

O descaso com nossa memória seja arquitetônica ou audiovisual é a expressão da grande ignorância travestida de guerra cultural do governo atual.

 Os monumentos do Brasil moderno são indesejáveis pra eles, são a expressão do que odeiam e do projeto, explicitado na campanha, de destruição.

(Marcelo Machado)


Anna Coralina, no seu twitter:

Em 1935, Lúcio Costa foi encarregado por Gustavo Capanema, ministro da educação/saúde, para elaborar o projeto da sede do novo Ministério da Educação e Saúde Pública, MEC, com a colaboração de Niemeyer, Carlos Leão, Machado Moreira, Affonso Reidy e Ernani Vasconcellos.

Desde 1996, o palácio integra a lista indicativa do Brasil ao reconhecimento como patrimônio mundial pela UNESCO, portanto, não se pode tratar este símbolo tão brasileiro, moderno e acolhedor das artes, como um simples prédio administrativo a ser vendido para gerar caixa.

A equipe de arquitetos brasileiros contou também com a consultoria do mestre da arquitetura moderna Le Corbusier.

O edifício sobre pilotis pousa elegantemente na esplanada com jardins de Burle Marx e a escultura juventude de bruno giorgio.

No térreo, revestido com painéis de azulejos de candido portinari, encontram-se as obras de Prometeu, Guignard, Jacques Lipchitz, entre muito muito mais!

Em 1943, o Palácio Capanema foi considerado, pelo Museu de Arte Moderna de Nova York, o edifício mais avançado em construção no mundo: “o Rio de Janeiro possui o mais belo edifício governamental no hemisfério ocidental – o novo Ministério da Educação e Saúde”.

Ele é a obra brasileira mais citada em livros de arquitetura, como o 1º edifício monumental do mundo a aplicar diretamente os conceitos da arquitetura moderna de Le Corbusier.

Não pode ser vendido porque é tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Na pedra inaugural, presença de Carlos Drummond de Andrade e Heitor Villa-Lobos.

Vamos apoiar todas as iniciativas que pretendem barrar esse descalabro!












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