quinta-feira, 12 de abril de 2018

O apoio popular contra a prisão de Lula

Rudá Ricci
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Em BH, fila no centro da cidade para escrever cartas para Lula

A despeito do intenso ataque da imprensa à figura de Lula, o apoio popular chama a atenção nos dias que se seguiram à sua prisão. Uma barraca improvisada em que alguns voluntários escrevem as cartas ditadas por muitos analfabetos ou semi-analfabetos chega a finalizar 100 cartas por hora. Muitos tiram fotos colocando o rosto num painel que simula um abraço em Lula.
Em Curitiba, o afluxo diário de apoiadores que passam a receber a solidariedade de moradores dos arredores do local onde Lula está preso já incomoda bolsonaristas que solicitaram sua transferência para outra prisão.
O "trancaço" de ontem de ruas e rodovias incomodaram sobremaneira aqueles que vibravam com a prisão de Lula. O script das grandes manifestações de rua foi alterado por essas múltiplas iniciativas. Recordei da "greve abelha" inventada anos atrás pelos metalúrgicos do Abc onde uma greve relâmpago era sucedida por outra em fábrica distante e outra e outra, de maneira que alternadamente uma região toda tinha sua produção paralisada por algumas horas, desorientando a reação patronal e policial.

Não é possível prever o fôlego desta mobilização múltipla. Mas foi algo inesperado. Assim como as vitórias sucessivas do PT em eleições nacionais geraram a reação da direita e extrema-direita,  agora, a prisão de Lula e a ofensiva violenta da extrema-direita provocaram movimento inverso.

O pêndulo do jogo político é infalível.

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