sábado, 30 de maio de 2015

Libertadores: defesa e narração inesquecíveis no dia 30 de maio de 2013

Dia 30 de maio de 2013. Naquela que seria a eliminação do Clube Atlético Mineiro da Libertadores 2013, um pênalti defendido pelo goleiro Victor, faz o narrador da Rádio Globo – CBN Pequetito explodir numa narração extraordinária. A grande defesa que abriu o caminho para a conquista da Copa Libertadores pelo Galo.




O milagre de São Victor

A narração do locutor esportivo Osvaldo Reis, o Pequetito, da Rádio Globo Minas AM e CBN FM, no lance da defesa do pênalti pelo goleiro Victor, aos 48 minutos do segundo tempo, foi a melhor de toda a Libertadores e foi um marco para a transmissão esportiva mineira e brasileira.

 30 de maio de 2013, dia inesquecível para a torcida do Galo: dia de São Victor e dia de uma grande narração esportiva pelo rádio.

"Caiu no Horto, está morto". Essa é a filosofia da torcida do Atlético-MG que lotou o Independência, no bairro do Horto, em Belo Horizonte, com máscaras "da morte" inspiradas no famoso filme americano "Pânico", com objetivo de assustar o Tijuana, do México, e ficar com a vaga na semifinal da Libertadores. No entanto, com o jogo empatado por 1 a 1 e um pênalti marcado aos 48 minutos do segundo tempo, foram os atleticanos que quase "morreram do coração".

Com uma defesa espetacular com o pé esquerdo, o goleiro Victor impediu que o forte chute de Riascos morresse no fundo da rede e acabasse com o sonho alvinegro. Com a defesa de Victor, quem quase 'morreu' foi o narrador Osvaldo Reis, o Pequetito. Ao narrar a cobrança de Riascos, o locutor da Rádio Globo perde a voz na hora do grito de "defendeu" e diz que Victor fez o gol da classificação. Confira no vídeo essa narração vibrante.

"O jogo está empatado em 1 a 1. Autoriza o árbitro Patrício Polic, Riascos parte para a bola, ele vai com o pé direito, bateuuu. Deeeeeeeeeeeeeeeeefendeu Victor, deeeeeeeeeefendeu Victor, deeeeeeeefendeu Victor, deeeeeeefendeu Victor, deeeeeeeeeeefendeu Victor. É goool, é gol, é gol do Galo, Victor, Victor, Victor, Victor, Victor, é gol do Galo. Victor, Victor, Victor, Victor faz o gol da classificação, vai terminar o jogo. Victor, Victor, Victor, Victor, Victor, Victor vai terrminarrr, o Galo esta classificado. O Victor defendeu pênalti, o Victor fez o gol da classificação. Acabouuuuuuuuuuuuuu! O Galo está classificado"


Veja o vídeo:


Vídeo originário da conta do youtube de Marcelo Gerais


sexta-feira, 29 de maio de 2015

A CPI da CBF tem que investigar a dobradinha Hawilla-Globo para ser levada a sério


As relações entre a família Marinho, dona das Organizações Globo, e o empresário J. Hawilla, são mais próximas do que a de emissora e afiliada; João Roberto Marinho, responsável pelo jornal O Globo, é sócio da TV Aliança Paulista, de Sorocaba (SP); Paulo Daudt Marinho, filho de José Roberto Marinho e diretor do canal Gloob, é sócio da TV São José do Rio Preto; réu confesso nos Estados Unidos, Hawilla é o pivô do escândalo de corrupção que atinge o futebol mundial e se comprometeu a devolver mais de R$ 500 milhões; Hawilla confessou fraudes na compra de direitos de transmissão de torneios como a Copa do Brasil e a Copa América, que foram revendidos à Globo; segundo a emissora, grupos de mídia não estão sendo investigados (Brasil 247)

A CPI da CBF que deverá ser instalada e tendo como relator Romário tem a chance de prestar um serviço inestimável ao Brasil, mas seu trabalho só poderá ser levado realmente a sério se envolver uma organização histórica e umbilicalmente ligada ao à turma da CBF: a Globo.

Todo mundo tem direito à presunção de inocência e ao benefício da dúvida, mas depois de passar anos fazendo jornalismo na base da pré-condenação, testes de hipóteses, "domínio do fato" e do "ele não sabia?" para tentar fazer política demotucana, será difícil convencer o telespectador de que a Globo "não sabia" que seus sócios pagavam propinas a cartolas pela transmissão dos jogos que a emissora transmitiu. (Diário do Centro do Mundo)

Conseguirá a 'vênus platinada' convencer o público – e a Justiça – de que 'não sabia' que seus sócios pagavam propinas a cartolas pela transmissão de jogos de futebol?

Globo silencia sobre a corrupção no seu quintal
:
Um dos focos das investigações da Justiça americana sobre o escândalo de corrupção na Fifa são transações comerciais em que a Rede Globo, da família Marinho, atua diretamente há décadas; parceira incondicional da Fifa desde o mundial 1970, a Globo é detentora da transmissão no Brasil de praticamente todos os eventos investigados pelo FBI: Copa do Mundo, Libertadores, Copa América e até a Copa do Brasil; o elo mais forte entre Globo e Fifa é o brasileiro José Hawilla, da Traffic Group, que assumiu os crimes de extorsão, fraude, lavagem de dinheiro e vai devolver US$ 151 milhões; além disso, J. Hawilla é dono da TV TEM, maior afiliada da Globo no país; apesar das ligações perigosas, a Globo se limitou a dizer, no Jornal Nacional, que "o ambiente de negócio do futebol seja honesto"; também afirmou que "sobre essas empresas de mídia não pesam acusações ou suspeitas" (Brasil 247)





Globo esconde que J. Hawilla é sócio de filho de João Roberto Marinho
Conseguirá a 'vênus platinada' convencer o público – e a Justiça – de que 'não sabia' que seus sócios pagavam propinas a cartolas pela transmissão de jogos de futebol?
por Helena Sthephanowitz, para a Rede Brasil Atual 
CC / JOAO32CARV
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Acusações ainda não foram feitas, mas sobram suspeitas de irregularidades no futebol da Globo
Ao noticiar o escândalo de corrupção internacional de subornos no futebol que levou à prisão do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, o Jornal Nacional da TV Globo omitiu informações relevantes ao telespectador.
A começar pelo fato de J. Hawilla ter sido diretor de esportes da própria Rede Globo em São Paulo – tendo sido antes repórter de campo – e já nessa época, começou paralelamente a comercializar placas de publicidade em estádios. Ali nascia o empresário com forte ligação com a emissora.
Em 2003 J. Hawilla fundou a TV TEM, sigla de Traffic Entertainment and Marketing, que forma uma cadeia de TVs afiliadas da Rede Globo no interior de São Paulo. As TVs de Hawilla cobrem quase metade do estado de São Paulo: 318 municípios e 7,8 milhões de habitantes, alcançando 49% do interior paulista. Entre as cidades cobertas estão, São José do Rio Preto, Bauru, Sorocaba e Jundiaí.
A dobradinha Hawilla-Globo não para por ai. Foi também do Grupo Globo que o empresário comprou, em 2009, o Diário de São Paulo. Ele já era dono da Rede Bom Dia, de jornais em cidades da área coberta pela TV TEM.
Faltou também o JN noticiar que os negócios da Globo com Hawilla que fazem parte da programação nacional da emissora. A produtora TV 7, que é da Traffic, faz os programas Auto Esporte e o Pequenas Empresas, Grandes Negócios, apresentados na Globo aos domingos, já há alguns anos.
Mas o que ninguém sabe e nem a Globo conta é que J. Hawilla é sócio de Paulo Daudt Marinho, filho e herdeiro de João Roberto Marinho, na TV TEM de São José do Rio Preto (SP).
João Roberto Marinho é um dos três filhos de Roberto Marinho que herdou o império da Rede Globo. O próprio João Roberto é sócio de dois filhos de J. Hawilla (Stefano e Renata) na TV TEM de Sorocaba (SP). Aliás a avenida em São José do Rio Preto onde fica a TV TEM ganhou o nome de Avenida Jornalista Roberto Marinho, em homenagem ao fundador da 'vênus platinada'.
No Jornal Nacional de quarta feira (27) , muito brevemente, William Bonner citou a Globo, como se quisesse dizer aos espectadores: "Não temos nada com isso". O jornalista leu: "A TV Globo, que compra os direitos de muitas dessas competições, só tem a desejar que as investigações cheguem a bom termo e que o ambiente de negócios do futebol seja honesto". Assim seco, sem entrar em detalhes.
reprodução
J. Hawilla foi condenado nos Estados Unidos por extorsão, conspiração por fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça. Os crimes foram cometidos na intermediação de subornos para cartolas da Fifa, da CBF e outras confederações de futebol por contratos de direitos televisivos e de marketing. Ele admitiu os crimes e, para não ir para a cadeia, delatou quem recebia propinas e negociou pagar multa de quase meio bilhão de reais.
Entre suas operações mais comuns estão propinas pagas à cartolagem dos clubes para intermediar a comercialização com emissoras de TV, como a TV Globo, dos direitos televisivos de transmissão dos jogos.
Segundo o departamento de Justiça dos Estados Unidos, as empresas de TV e de outras mídias pagavam à empresa de marketing de J. Hawilla, que conseguia os direitos de comercializar as transmissões, e depois repassava uma "comissão" aos cartolas.
As propinas acontecem há pelo menos 24 anos e envolveram jogos da Copa América, da Libertadores da América e do torneio Copa do Brasil, segundo os investigadores dos EUA.
Ao longo dos anos a maioria destes jogos no Brasil foram transmitidos com exclusividade pela TV Globo, que cedia alguns jogos para a TV Bandeirantes – mas sob limites rígidos – para livrar-se de acusações de concentração econômica e práticas anti-concorrenciais.
Se até o momento de fato não há acusações contra emissoras de TVs que tenham chegado ao conhecimento público, também é difícil afirmar que não pesam suspeitas. A Justiça dos Estados Unidos e o FBI disseram que as investigações estão apenas no começo.
Todo mundo tem direito à presunção de inocência e ao benefício da dúvida, mas depois de passar anos fazendo jornalismo na base da pré-condenação, testes de hipóteses, "domínio do fato" e do "ele não sabia?" para tentar fazer política demotucana, será difícil convencer o telespectador de que a Globo "não sabia" que seus sócios pagavam propinas a cartolas pela transmissão dos jogos que a emissora transmitiu.




A CPI da CBF só poderá ser levada a sério se Romário também investigar a Globo. Por Kiko Nogueira 



Diário do Centro do Mundo:
Romário está cheio graça. Será o relator da CPI da CBF. Protocolou o pedido na quinta feira, na esteira da prisão de Marin e outros pilantras da Fifa. Quer investigar, principalmente, a venda de direitos de transmissão de eventos esportivos.
No Twitter, o senador escreveu o seguinte: “Acho que, como ex-jogador, tenho muito o que contribuir”.
Num discurso no plenário da Câmara, anunciou sua intenção de assumir a relatoria para que “tudo o que for apurado seja devidamente registrado”. O primeiro a depor será Marco Polo Del Nero, presidente da entidade (ao menos por enquanto).
Romário tem a chance de prestar um serviço inestimável ao Brasil, mas seu trabalho só poderá ser levado realmente a sério se envolver uma organização histórica e umbilicalmente ligada ao à turma da CBF: a Globo.
A cobertura do escândalo pelo Jornal Nacional parece, para um desavisado, equilibrada. No dia em que o caso estourou, foram 14 minutos em que nenhum nome foi poupado, inclusive o do empresário J Hawilla, devidamente identificado como dono de afiliadas. Ao final, Bonner leu um editorial curto lembrando da necessidade de um ambiente de negócios honesto no esporte. OK.
Mas espera um pouco.
Nesses 24 anos — o período sob o crivo do FBI —, a Globo não foi um personagem secundário da história. Neste tempo todo, com milhões de dólares voando, cartolas enriquecendo, a TV não viu nada?
O parceiro Ricardo Teixeira foi poupado completamente até cair de podre. Ele estava no comando da CBF quando a Globo fez uma transação para adquirir os direitos da Copa de 2002. A Receita a multou em 615 milhões de reais.
Uma empresa de fachada foi aberta num paraíso fiscal, as Ilhas Virgens Britânicas, com o objetivo exclusivo, segundo o Fisco, de sonegar. O DCM contou a história rocambólica do crime num documentário.
Hawilla, delator do esquema, dirigiu a área de esportes da Globo em São Paulo até 1979. Montou a Traffic, enriqueceu. Criou em 2003 a TV TEM (Traffic Entertainment and Marketing), o maior grupo de afiliadas da Globo no interior de São Paulo. De acordo com um perfil escrito pelo jornalista Nelson de Sá, foi também do grupo Globo que Hawilla comprou, em 2009, o Diário de S.Paulo.
A Globo tem a Copa há décadas. Os dinossauros não se lembram do campeonato brasileiro sem a narração de Cleber ou Galvão. Hawilla teria usado dinheiro da propina em suas negociações?
Romário já avisou que quer sair para prefeito do Rio em 2016. Pode poupar a Globo na comissão parlamentar de inquérito e ter uma campanha, digamos, sem solavancos. Essa decisão vai definir a verdadeira estatura do Baixinho.



quinta-feira, 28 de maio de 2015

Caso FIFA: Azenha afirma que as Empresas de Comunicação precisam ser investigadas



Programa Todas as Vozes
Rádio MEC AM - Rio de Janeiro

O  radialista e apresentador Marco Aurélio, do programa Todas as Vozes, entrevistou o jornalista Luiz Carlos Azenha. Ele é um dos autores do livro ¨ O lado sujo do futebol ¨.


"EMPRESAS DE COMUNICAÇÃO TAMBÉM DEVEM SER INVESTIGADAS", AFIRMA LUIZ CARLOS AZENHA
Para o jornalista, "é pouco provável que uma empresa detenha direitos de transmissão há décadas sem conhecer como a operação funciona".
O programa Todas as Vozes entrevistou, nesta quinta-feira, 28 de maio, o jornalista Luiz Carlos Azenha. Ele é um dos autores do livro "O lado sujo do futebol".
Sobre as notícias envolvendo a prisão de integrantes da FIFA, representantes de Confederações de futebol e agentes de empresas de marketing esportivo, o repórter da Rede Record comentou que "era, no mínimo, estranho que a CBF nunca tenha sido seriamente investigada e punida pelas autoridades do Brasil e do exterior".
"Vivemos um momento especial, que não é para ser lamentado. Ao contrário. É para ser celebrado como uma grande oportunidade de mudanças no futebol em todo o planeta. Precisamos abrir a caixa preta da CBF agora. Não há melhor oportunidade para que isto seja feito", afirmou o jornalista.
Sobre os contratos de direito de transmissão pelas redes de TV, Azenha acredita que "essa também é a melhor oportunidade possível para uma investigação sobre a possível conivência das detentoras dos direitos de transmissão dos jogos na relação com as empresas de marketing esportivo e as federações e confederações de futebol".
O programa Todas as Vozes vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h05 às 10h, na Rádio MEC AM do Rio de Janeiro - 800 kHz, com apresentação do jornalista, professor e radialista Marco Aurélio Carvalho.

Aprovação na Câmara aumenta o sequestro do nosso sistema político pelas empresas privadas

Dois artigos, o primeiro do sociólogo e professor Wagner Iglecias e o segundo artigo do deputado federal Jean Wyllys, criticam a aprovação das doações de empresas privadas aos partidos políticos. 

¨0 PSDB e o DEM, que gostam tanto de bater panela "contra os corruptos", votaram em bloco a favor da corrupção institucionalizada. Porque o que foi aprovado é isso. Financiamento empresarial de partidos significa privatização da política para que as empresas, as corporações econômicas, o poder do dinheiro mande e desmande.¨ Leia os artigos, abaixo.


Blog do Luís Nassif

Pobre democracia brasileira

Por Wagner Iglecias
Desde a volta da democracia no Brasil, com a eleição da chapa Tancredo / Sarney para a presidência e vice-presidência da república, no Colégio Eleitoral de 1985, não se tinha notícia de medida tão danosa ao nosso regime político. Refiro-me à aprovação em primeira votação, pela Câmara dos Deputados, da PEC que oficializa as doações de empresas privadas aos partidos políticos. Como se sabe a proposta ainda vai ser votada novamente naquela Casa, e mais duas vezes no Senado, mas a sinalização é de que nossa classe política, em sua maioria, quer inscrever na Constituição a possibilidade de empresas doarem recursos para nosso sistema político. Se isso ocorrer, a votação em curso no STF, que já havia enterrado esta possibilidade, mas segue interrompida há mais de um ano por iniciativa do ministro Gilmar Mendes, que pediu vistas, poderá sofrer uma total reviravolta.
A coisa é simples: empresa nenhuma põe dinheiro na campanha de candidato algum por causa de seus lindos olhos verdes, castanhos ou azuis. Ou porque ele, o candidato, é gente boa. A empresa põe dinheiro na campanha do candidato porque ela está fazendo um INVESTIMENTO. Se ele for eleito, a empresa terá aquele parlamentar ou governante a seu serviço depois, durante o exercício do mandato. Essa prática introduz uma profunda distorção na competição eleitoral, já que quem recebe dinheiro de empresa tem muito mais chance de se eleger do que quem não recebe, independente das idéias e propostas que um e outro tenham. E introduz mais distorção depois, no exercício do mandato, já que o eleito vai priorizar atender quem lhe patrocinou, e não você, eu ou qualquer outro cidadão ou cidadã comuns, que só dispomos do voto. Quem não entender isso (e não é difícil entender) não entenderá absolutamente nada do que está se passando em Brasília nestes dias e que terá conseqüências pelas próximas décadas neste país.
A iniciativa da presidência da Câmara, de colocar em votação, em menos de 24 horas, a mesma matéria do financiamento privado, após a derrota na 3a. feira, e a súbita mudança de voto de quase uma centena de deputados demonstra que nossos representantes, em sua maioria, não estão minimamente sensibilizados pelo clamor das ruas, manifestado em junho de 2013 mas latente até hoje. A eventual e bastante provável constitucionalização da doação de empresas privadas para os partidos políticos apenas aprofundará o abismo que já existe entre a sociedade civil e nossa classe política e nossas instituições. Ao invés de um modelo mais participativo, inclusivo e transparente de democracia, como desejam milhões de brasileiros, o que teremos com a aprovação desta PEC será exatamente o contrário. Aumentará o grau de sequestro do nosso sistema político pelos grandes interesses econômicos. O futuro que se avizinha é sombrio.
Wagner Iglecias é doutor em Sociologia e professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP.

Brasil 247:
HIPÓCRITAS DO PSDB E D0 DEM VOTARAM EM BLOCO A FAVOR DA CORRUPÇÂO
O financiamento empresarial da política prejudica sua vida cotidiana, porque quando o Estado serve aos interesses daqueles que pagaram as milionárias campanhas dos candidatos, os interesses do povo ficam relegados
Jean Wyllys 
A força da grana suja e as tenebrosas transações venceram essa batalha, infelizmente.
Apesar de ter sido derrotado ontem, Cunha fez de tudo para conseguir o que queria. Atropelando o regimento interno da Câmara, os acordos feitos publicamente no plenário sobre a pauta de votações e a civilidade política mínima (que desde sua chegada ao Trono não existe mais), o presidente da Casa, que se acha imperador, colocou em votação pela segunda vez o financiamento empresarial de campanha, e dessa vez conseguiu. Um "segundo turno" para reverter o resultado do primeiro, mesmo que isso seja uma aberração institucional, porque já era matéria vencida.
E, por incrível que pareça, o placar da votação mudou. Quer dizer, deputados que ontem tinham votado NÃO à constitucionalização da corrupção, hoje votaram SIM. Por que será?
Os hipócritas do PSDB e do DEM, que gostam tanto de bater panela "contra os corruptos", votaram em bloco a favor da corrupção institucionalizada. Porque o que foi aprovado é isso. Financiamento empresarial de partidos significa privatização da política para que as empresas, as corporações econômicas, o poder do dinheiro mande e desmande. Empresa não doa, faz investimento, e recebe em troca muito mais do que investiu. Não é por acaso que 255 dos atuais 513 deputados federais receberam para suas campanhas dinheiro das empreiteiras envolvidas na Operação Lava-Jato.
O Congresso deu as costas à população, mais uma vez, em defesa de obscuros interesses.
O financiamento empresarial da política prejudica sua vida cotidiana, porque quando o Estado serve aos interesses daqueles que pagaram as milionárias campanhas dos candidatos, os interesses do povo ficam relegados. E porque as enormes quantias de dinheiro que eles investem fazem com que seja muito difícil que os candidatos independentes do poder econômico (e, portanto, com campanhas pobres) se elejam.
Não deixemos essa aberração contra a democracia passar.
Proteste, reclame, mobilize-se, faça barulho, manifeste-se nas redes e nas ruas.
Diga não à contra-reforma de Cunha!

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Bancada dos Planos de Saúde, na Câmara, declara guerra ao SUS

Carta Capital
Por Leandro Fortes

Na mais nova investida, emenda constitucional obriga a União a repassar parte do orçamento da saúde para emendas dos parlamentares

Deputados financiados por planos de saúde declaram guerra ao SUS

SUS
Medidas do Congresso podem minguar dinheiro para o SUS 

O Sistema Único de Saúde (SUS) vem passando por seu pior momento. A atual conjuntura não lhe tem sido favorável, uma vez que a conformação do Congresso Nacional se demonstra favorável à iniciativa privada. Grande parte dos parlamentares foram financiados durante as eleições por empresas privadas de saúde, e liderados pelo então Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, declararam guerra ao SUS como forma de pagamento do investimento feito por parte das empresas em suas candidaturas.
A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 358/13, pela Câmara dos Deputados, que institui o chamado Orçamento Impositivo, muda o financiamento da saúde, por parte da União, diminuindo o percentual mínimo da receita corrente líquida de aproximadamente 14,6% para 13,2%, e com isso o orçamento da saúde perde entre R$ 7 bilhões e R$ 10 bilhões, esse ano. A PEC também prevê o pagamento de emendas, obrigando a União a repassar cerca de 1,2% do orçamento destinado a saúde para às emendas parlamentares individuais de cada deputado. Tais recursos que serão retirados do SUS deverão ser aplicados em saúde, porém não haverá garantia desse cumprimento, uma vez que o Ministério da Saúde não fará controle.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), uma autarquia federal que em tese deveria regular e fiscalizar a atividade dos planos de saúde, desde a sua criação durante o governo FHC no ano 2000, ao analisarmos a composição de sua diretoria é notável quais os interesses que são defendidos. A ANS assim como outras agências reguladoras está sujeita ao fenômeno da captura, funcionando como verdadeiros latifúndios, uma vez que após as eleições são loteadas e entregues aos grandes empresários financiadores das campanhas eleitorais, para que indiquem os ocupantes aos cargos de diretores das agências.
Um belo exemplo é a empresa Qualicorp. A ANS criou as Resoluções Normativas Nº 195 e 196 que tratam da questão dos planos coletivos por adesão e deixa claro que a venda desses planos deve ser intermediada pelas ditas “administradoras de benefícios”. Isso culminou no crescimento vertiginoso da Qualicorp. Segundo informações a empresa obteve lucro de R$ 44,7 milhões só no primeiro trimestre de 2015, apresentando um avanço de 69% em relação a 2014. Segundo relatório da empresa, 94% do seu lucro se dá pelos planos coletivos por adesão. Lembrando que o atual presidente da empresa, Maurício Ceschin, anteriormente havia sido presidente da ANS.
Segundo dados da própria agência, os planos de saúde registraram em 2013 o lucro de 111 bilhões de reais. Nas eleições de 2014, as empresas Amil, Bradesco Saúde, Qualicorp e grupo Unimed saúde doaram juntas, em torno de 52 milhões, contribuindo para a candidatura de 131 parlamentares, um deles o Cunha. Segundo informações, o Presidente da Câmara contou com a contribuição de membros da ANS para a formulação da Medida Provisória (MP) 627 que anistiava a dívida dos planos de saúde ao SUS em 2 bilhões de reais, e atualmente faz pressão para a indicação de José Carlos de Souza Abrahão para o cargo de Diretor-Presidente da agência.
Abrahão presidiu a Confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (CNS), entidade sindical que representa estabelecimentos de serviços de saúde no País, entre os quais as operadoras de planos de saúde, e já se manifestou publicamente contra o ressarcimento ao SUS por parte das operadoras, em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, em 2010. Em maio deste ano (2015) o atual ministro da saúde, Arthur Chioro, anunciou que a ANS deve cobrar cerca de R$ 1,4 bilhão em ressarcimentos de planos de saúde.
O setor que vem sofrendo duros golpes é o da saúde, mais precisamente o SUS. Eduardo Cunha foi relator da Medida Provisória (MP) 627 que anistiava a dívida dos planos de saúde ao SUS em 2 bilhões de reais; votou a favor da MP 656 que permitiu a entrada de capital estrangeiro na assistência a saúde; é autor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 451 que insere planos de saúde como direitos dos trabalhadores; vetou a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigaria os planos de saúde. Cunha ao favorecer os empresários da saúde, declarou guerra ao SUS.
Uma maneira de barrar essa questão seria o fim do financiamento empresarial de campanha. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) Nº 4.650, que proíbe que empresas financiem partidos políticos e campanhas eleitorais, porém o ministro Gilmar Mendes, há um ano, pediu vista do processo. O curioso é que a maioria dos ministros do STF (seis votos a favor e um contrário) já tinha decidido que as empresas não podem doar, pois tal atitude fere cláusulas pétreas da Constituição. Enquanto isso, em paralelo, Eduardo Cunha colocará em votação a PEC 352 que trata da reforma política e regulamentará o financiamento empresarial de campanha. A pergunta que fica: Estariam esses dois senhores agindo em conluio?

terça-feira, 26 de maio de 2015

Sob a ação do Espírito o conviver se humaniza, por Frei Cláudio van Balen

Frei Cláudio Van Balen, na missa de domingo (24/05), na Igreja do Carmo, em BH:

Missa de Pentecostes - Palavras do Frei Cláudio:

...Dons do Espírito Santo para nosso tempo atual: leveza, presença, criatividade, respeito, entusiasmo, diálogo, cidadania, inclusão.

Gravar esses Dons no nosso coração, isto é, imprimir os Dons nas relações que vivemos.
Este  é o grande desafio, no trabalho, na escola, na família, na política.

Hoje, é de ficar escandalizado por tanta briga, tanto ódio, por exemplo, nas discussões políticas. Não há tolerância, respeito.

Há, também, muita briga pelo poder. Até na Igreja. O Papa Francisco que se cuide.
Na Igreja devemos lutar, não pelo poder, mas para termos função. Função de servir.  

Mais relações fraternas, solidariedade e diálogo.

Deus - Força Renovadora, nossa oferta é o serviço por uma boa convivência. 

A fraternidade nos faz prestar serviços.
Sob ação do Espírito o conviver se humaniza. Superamos egoísmo e dependência.

Deus não discrimina. Vida abençoada para todos.
Gestos de cidadania a favor da inclusão.

Fé adulta com ousadia - entusiasmo com alegria.
Comunhão e participação - unidade na diversidade.

Deus-Amor, enriquecidos por vosso Espírito, tornemos a Igreja e nossa comunidade mais acolhedoras. Testemunhas de vida fraterna.  

O Espírito desperta em nós iniciativas que vão além do medo e do legalismo, da opressão e da acomodação, da indiferença e da exclusão. Espírito é ¨Deus¨ a transbordar em nós; disso, o Papa Francisco se faz bom testemunho.Deixemos que o Espírito nos conduza.  

Cultivar a harmonia nas relações...seja esta a benção para todos nós.





O ovo da serpente está sendo chocado. Ascensão da intolerância e da atitude antidemocrática

Uma onda de ódio se alastra. Já foram hostilizados Jaques Wagner, Alexandre Padilha e Guido Mantega, este por duas vezes. Outro dia, também, em São Paulo, o filho do jornalista Ricardo Noblat(por ironia, feroz crítico do PT), foi hostilizado,simplesmente por estar vestindo uma camisa vermelha. Não respeitaram nem sua filha, um bebe, que estava em seu colo. Até onde vai esse ódio, essa intolerância, essa atitude reacionária?


Vídeo sobre Mantega:
tucano faz o que FHC prega

A próxima fase é quebrar vidros e cristais !  Por Paulo Henrique Amorin





Mantega é hostilizado. Merval apoia?
Por Altamiro Borges

Ou as autoridades públicas tomam alguma atitude ou a onda de ódio fascista em São Paulo – centro das elites reacionárias do país – ainda resultará em tragédias. Na noite do sábado (23), o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi novamente hostilizado num restaurante na capital paulista. Segundo relato da Folha, um dos jornais que mais estimula o antipetismo doentio na sociedade, o economista e a sua esposa foram vítimas de provocações gratuitas ao deixarem o local após o jantar.

"Ao ouvir as primeiras provocações, o petista parou e perguntou quem havia falado com ele. Um senhor assumiu a autoria do comentário e disse que só não falaria mais em 'respeito' à mulher de Mantega. O ex-ministro tentou responder, mas foi interrompido por vaias. Dois clientes saíram em defesa do petista, pedindo 'educação' aos demais. O primeiro pediu que Mantega voltasse ao restaurante e o cumprimentou. O ex-ministro foi vaiado novamente e então deixou o local. Em seguida, uma senhora pediu que parassem com a provocação", descreve a jornalista Daniela Lima.

Esta é a segunda vez, em curto espaço de tempo, que o ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma (2006-2014) – responsável pelas menores taxas de desemprego da história do Brasil e pela viabilização de inúmeros programas sociais – é hostilizado por ricaços reacionários e elitistas. Em fevereiro passado, numa cena ainda mais detestável e macabra, ele sofreu provocações quando levava a sua esposa para um sessão de tratamento do câncer no Hospital Albert Einstein, na capital paulista. Alguns fascistóides gritaram "vai para o SUS" e "vai para Cuba", fazendo o casal deixar o local para evitar mais traumas. Na ocasião, nada foi investigado e ninguém foi punido pelo gesto odioso.

O presidente da instituição privada – um sionista famoso por suas posições direitistas – até procurou atenuar a ação criminosa. Em uma nota lacônica, o hospital – que abocanha recursos milionários do SUS – afirmou que "recebe igualmente a todos... e rechaça qualquer atitude de intolerância em seu ambiente". Nem os vídeos internos do hospital foram analisados para descobrir os fascistóides. Para piorar, a mídia "privada" – nos dois sentidos da palavra – ainda tratou o lamentável episódio como algo natural. O jornalista Merval Pereira, o “imortal” da Globo, ainda justificou o ato criminoso.

Em seu ódio doentio ao “lulopetismo”, ele publicou um artigo repugnante no jornal O Globo, em que afirmou que a hostilidade ao ex-ministro Guido Mantega e a sua esposa é “reflexo do estilo agressivo de fazer política que o PT levou adiante no país nos últimos 12 anos”. Para ele, a cena corroborou a tese das forças golpistas. “O importante a notar é que o impeachment já se tornou um tema inevitável nas análises sobre o futuro do país, e seria hipocrisia tratá-lo como algo de que não se deve falar. O país está convulsionado, e sem uma liderança com grandeza que possa levar a acordos políticos indispensáveis para a superação do impasse que se avizinha”.

Será que agora, após a nova hostilidade ao ex-ministro da Fazenda – uma semana antes, outro dirigente petista, Alexandre Padilha, também foi vítima de provocação de um empresário falido e picareta num restaurante em São Paulo –, o "imortal" da Globo dará novamente seu apoio aos fascistas? Será que as chamadas autoridades públicas vão tomar alguma atitude para conter a onda de ódio que se alastra em São Paulo? Cadê a reação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo? O ovo da serpente está sendo chocado e poderá resultar em cenas ainda mais lamentáveis para a jovem e frágil democracia brasileira.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Sonegação dos ricos rouba 200 bi em cinco meses, por Antônio Lassance

Carta Maior



Valor supera todos os escândalos de corrupção mais conhecidos e ultrapassa até o que seria necessário para o ajuste fiscal em discussão no Congresso.


Antônio Lassance




reprodução
Número estará estampado pelos painéis do Sonegômetro espalhados pelo País. Valor supera todos os escândalos de corrupção mais conhecidos e ultrapassa até o que seria necessário para o ajuste fiscal em discussão no Congresso (R$80 bi).

Situação causou revolta em servidores do Ministério da Fazenda. Procuradores acusam:

“Estamos diante de uma batalha bastante desigual, onde um único Procurador da Fazenda Nacional, sem carreira de apoio, atua em processos complexos envolvendo grandes devedores, normalmente defendidos pelas maiores bancas de advogados do país.”

No ano passado, não foi diferente. Os procuradores bradavam:

“Como se não bastasse, vemos uma elite muito bem acomodada e grandes corporações abonando a continuidade desse sistema anacrônico, enquanto surrupiam o erário público por meio da sonegação fiscal. E assim, em apenas 5 meses, o painel digital Sonegômetro já registra um rombo de 200 bilhões.”

Leia o artigo do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional.


O Sonegômetro, a Lavanderia Brasil e a Esquizofrenia Fiscal


Subir juros que já habitavam a estratosfera, aumentar a carga tributária como se estivéssemos mais para Bélgica do que para Índia, encarecer tarifas de energia, combustíveis e mudar regras de benefícios sociais, como se a culpa de toda a desordem administrativa do país fosse dos trabalhadores, aposentados e pensionistas.


Por mais que se tente explicar o ajuste fiscal promovido pelo governo, não dá para entender e muito menos para aceitar. Ou melhor, dá para desconfiar. Pois se a União espera cortar R$ 80bi de seu orçamento e arrecadar mais 0,48% de tributos em relação a 2014, como esse mesmo governo deixa escoar pelo ralo da sonegação mais R$ 500 bi ao ano?

Essa postura não condiz com o discurso de quem pretende “reverter a deteriorização fiscal”, nas palavras do Ministro da Fazenda Joaquim Levy. Não por acaso, essa justificativa do arrocho sobre os pobres e classe média é igualmente defendida por pessoas e instituições que nunca têm nada a perder. Ou melhor, que sempre têm muitos bilhões a lucrar, surfando nas altas ondas do mercado financeiro.


Transitando com desenvoltura nesse mar de insensatez, sonegadores e corruptos seguem curtindo o sol e o céu da impunidade. Sim, pois à exceção de casos midiáticos como as operações Lava Jato e Zelotes, envolvendo acordos de delação premiada, nenhuma medida efetiva tem sido tomada para a estancar a sangria da sonegação.

Para ficar bem claro, é importante ressaltar que dos 500 bilhões sonegados em 2014, mais de R$ 400 bilhões passaram por operações sofisticadas de lavagem de dinheiro. Isso representa 3546 vezes o valor declarado do Mensalão (R$141 milhões); 240 vezes o custo da operação Lava-Jato (R$2,1 bilhões) e 26 vezes o que até agora se descobriu na operação Zelotes (até agora avaliado em R$19 bilhões).

E o rombo poderia ser ainda maior, não fosse o trabalho diuturno dos Procuradores da Fazenda Nacional (PFNs), que somente nos últimos quatro anos evitaram a perda de mais de R$1 trilhão em contestações tributárias e arrecadaram mais de R$60 bilhões em créditos inscritos na dívida Ativa da União. Isto, apesar do quadro de desvalorização da Carreira e de sucateamento estrutural da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

Vale dizer que estamos diante de uma batalha bastante desigual, onde um único PFN, sem carreira de apoio, atua em processos complexos envolvendo grandes devedores, normalmente defendidos pelas maiores bancas de advogados do país.

O governo sabe que para cada R$1,00 investido na PGFN há um retorno de R$20,96 à sociedade. Mas, estranhamente, prefere deixar de cobrar de quem deve e pode pagar, optando pela comodidade de repassar a conta ao cidadão em forma de impostos.

O Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (SINPROFAZ) entende que a defesa dos interesses da Carreira de PFN se confunde com a defesa da Justiça Fiscal. Por isso segue em frente promovendo campanhas de conscientização tributária, apresentando o painel Sonegômetro e a Lavanderia Brasil, denunciando, criticando e ampliando o debate por um sistema tributário mais justo para todos.